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Mansão Bly é sucessora digna de Residência Hill

“Continuação espiritual” de A Maldição da Residência Hill, a nova minissérie A Maldição da Mansão Bly não poderia ser mais diferente de sua antecessora. Ficam os atores e a equipe do criador Mike Flanagan, mas mudam a trama, a ambientação, o material-base e até mesmo a dinâmica entre mortos e vivos – que agora dão mais espaço de protagonismo para os fantasmas. Voltam os temas de trauma, memória e reparação, afinal continua sendo uma história de assombrações.

Mesmo sem os truques de roteiro que consagraram sua antecessora, o que sustenta Mansão Bly é o talento de seu elenco. Victoria Pedretti, que agora assume o merecido posto de protagonista, brilha como Dani. Seja no enorme carinho que a babá sente pela crianças, no medo do desconhecido, ou então no desespero de fugir de seu passado, a atriz tem carisma para os momentos sensíveis, e intensidade emocional para o desespero frente ao desconhecido. O elenco mirim fica à altura; Amelia Bea Smith, em seu terceiro papel, após a novela britânica EastEnders e de ter sido a terceira intérprete da Peppa Pig, transborda fofura.

Mansão Bly pode ser ocasionalmente explicativa demais em uma trama sem muita complexidade narrativa, mas é uma sucessora digna de Residência Hill. Mike Flanagan e sua equipe trazem seu estilo afiado, de alto padrão estético, com um elenco de peso para recontar um dos maiores clássicos da literatura de gênero. Dessa forma, A Maldição se posiciona quase como uma versão mais sóbria e fantasmagórica de American Horror Story. Com séculos de boas obras para a produção se inspirar e revisitar, os fãs de casas mal assombradas e espíritos amargurados têm um prato cheio nas mãos, agora e talvez no futuro também.

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