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3 razões para não deixar seu filho no ‘cantinho do pensamento’

Quando os filhos não estão se comportando bem, muitos pais ainda usam a tática de mandá-los para o “cantinho do pensamento”. O objetivo é fazer com que a criança pense sobre o que fez e analise seu próprio comportamento, refletindo sobre como mudar para melhor. Mas há especialistas que não acreditam na eficácia dessa estratégia. A educadora Bete P. Rodrigues, uma das principais especialistas em disciplina positiva no Brasil, está neste grupo. Segundo ela, o “cantinho do pensamento” não traz os resultados desejados pelos pais. Confira três razões para não usar esse método:,

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1. É provável que a criança não colabore (principalmente se for pequena):

“Uma criança, provavelmente pequena, não vai sentar num lugar sozinha, pensar, refletir e chegar à conclusão de que fez alguma coisa errada”, diz Bete. Na hora do conflito, da raiva e do nervosismo, pode ser ainda mais difícil que elas consigam refletir ou aprender alguma coisa. Além disso, crianças muito novas não tem maturidade para fazer isso. Ela não vai refletir sobre o seu comportamento e só vai se sentir pior.

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2. É uma punição disfarçada:

E a criança sabe disso. Bete explica que essa situação pode causar na criança sentimentos como raiva, vergonha, humilhação, desejo de vingança, tristeza, mágoa, dor e culpa. “A punição geralmente traz esses sentimentos. Não são sentimentos que geram mudanças de comportamento”, explica.

3. Há alternativa para o “cantinho”:

Uma alternativa, segundo a disciplina positiva, é criar um espaço para a criança se acalmar. Esse espaço deve ser criado junto com a criança. Pode ser em um canto num cômodo, uma poltrona, um sofá, uma caixa de papelão. Quando a criança não se comporta, o adulto pode explicar por que seu comportamento é errado e perguntar se ela quer ir até o espaço se acalmar.

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