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5 tendências para o mundo pós-pandemia

É fato que nada será como antes quando toda essa crise da covid-19 passar. Estaremos diferentes e o mundo à nossa volta também. “Depois de um evento extremo e global como esse, muitas tendências que já estavam em curso serão impulsionadas”, explica o filósofo e historiador Leandro Karnal. Segundo ele, há três fatores que aceleram processos que já vinham despontando. São eles as guerras, as revoluções e as pandemias. “E o importante é transformar o tempo de crise em tempo de oportunidade. O mundo conectado e com uma causa comum irá alterar, definitivamente, o nosso valor à vida e para melhor”, diz Karnal.

Confira cinco tendências mundiais que podem melhorar a mobilidade depois do coronavírus:

  1. Devido ao home office e o teletrabalho, implantados mundialmente durante o isolamento, a mobilidade urbana estará bem mais fluida e prazerosa. Afinal, boa parte das pessoas não precisará sair nos horários de pico. A tendência é que elas, ao se mover, também procurem modais saudáveis e sustentáveis, como a bicicleta e o pedestrianismo.
  2. Serão valorizadas as moradias nas regiões centrais, perto de eixos de transporte coletivo e próximas de serviços que podem ser acessados a pé. Cidades europeias já têm isso como regra há décadas: as moradias têm metragens menores, mas estão perto de escolas e serviços básicos.
  3. A coletividade e a empatia são palavras-chave nesse momento de pandemia. E são esses valores que devem nortear os próximos passos da sociedade, segundo refletem historiadores e especialistas. O individualismo será criticado, e haverá um grande incentivo ao desenvolvimento do transporte coletivo, seja ele o metrô, o trem ou o ônibus.
  4. No mundo todo as pessoas têm reparado como o céu está limpo e o ar fresco e respirável. Elas se sentirão mais responsáveis pelos impactos no planeta. SUVs e carrões, levando apenas uma pessoa, estarão em baixa. Caem ainda mais a ostentação e o status na mobilidade e sobem a bicicleta, a caminhada e o uso do transporte coletivo (com uso de máscara).
  5. Haverá uma busca maior por espaços abertos, como parques, jardins e praças, evitando aglomerações e lugares fechados. Essa tendência irá impulsionar uma transformação urbanística, tornando as metrópoles mais agradáveis, com ruas fechadas para carros, calçadas largas, mais verde e ciclovias. É o conceito de “cidades para pessoas”, difundido pelo urbanista dinamarquês Jan Ghel, que há anos constrói cidades mais humanas, cicláveis e felizes.
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