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Emissão zero em um negócio 1.000

O Ciclo Orgânico, uma jovem empresa carioca, uniu duas frentes importantes para estruturar o seu negócio, lançado em 2015: a mobilidade ativa, pois ela só usa bicicletas, e a sustentabilidade, com a compostagem orgânica.

Ciente de que na lixeira de cada um de nós existe uma riqueza enorme que nos habituamos a chamar de lixo e a tratar como um verdadeiro problema ambiental, Lucas Chiabi, o fundador, oferece a coleta domiciliar e a compostagem de resíduos orgânicos em residências, escolas e empresas do Rio de Janeiro. “Somos um negócio social movido por pessoas apaixonadas por bikes, compostagem e hortas e cheias de esperança no futuro da nossa cidade”, ele diz.

Desde pequeno, o mineiro Lucas, hoje com 28 anos, se interessava por tudo que era relacionado a … lixo! Isso mesmo, algo que ninguém enxergava como valor ele já percebia como fonte interminável de criatividade e potencialidades. Cursando engenharia ambiental na Universidade Federal do Rio de Janeiro, aprendeu muitas coisas sobre agroecologia, e assim surgiu o desejo de montar um projeto com compostagem.

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A empresa atua diariamente com dez ciclistas e mais de 1.500 baldinhos em vários bairros do Rio. Juntos, eles mudaram o destino de mais de 882 toneladas de resíduos orgânicos, gerando mais de 547 toneladas de adubo e evitando mais de 662 toneladas de CO2 na atmosfera.

No final do mês, os clientes recebem 2 quilos do Composto Orgânico, um pacotinho de sementes diferentes a cada mês, e ainda contribuem doando mais 2 quilos do adubo para uma horta comunitária.

No ano passado, foram realizadas mais de 34 mil coletas. Somados, seus ciclistas pedalaram por mais de 35 mil quilômetros – distância suficiente para dar mais de meia volta na Terra. Lucas lembra que, pedalando, seu poderoso time deixou de emitir mais de 246 toneladas de CO2 equivalente, neste mesmo período.

“Co-criar uma sociedade sem lixo é um desafio, mas nós acreditamos que a mudança pode ser alcançada. Neste ano, esperamos duplicar a quantidade de clientes e ciclistas, além de expandir o atendimento para mais bairros do Rio”, afirma o jovem empresário.

O uso da bicicleta por empresas, para serviços de coleta e entrega dos produtos mais variados é uma tendência crescente no mundo e no Brasil. É a logística ecológica evoluindo, junto a uma sociedade mais consciente e que valoriza os modais que não poluem. A cada quilômetro percorrido, a moto emite 113 gramas de CO2, enquanto a emissão cai para zero com a bicicleta. Um exemplo a seguir por empresários de outras cidades.

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