Espantou o presidente Jair Bolsonaro o relato de Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, titular interino da Confederação Nacional da Indústria, sobre o escândalo de corrupção na entidade. “Recebi o cara da CNI há pouco e estou impressionado com o que estavam fazendo com este País”, desabafou Bolsonaro, de cenho cerrado, sobre sua audiência a Vieira, instantes antes de iniciar a conversa com jornalistas, dias atrás. A coluna tentou saber detalhes da conversa, mas Vieira não quis falar.
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Meteram a mão
Gouveia Vieira fez a caveira do presidente afastado da CNI, Robson Andrade, detalhando a roubalheira revelada pela Operação Fantoche.
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Bem informado
Nem precisava: Bolsonaro estava informado dos detalhes da apuração da Polícia Federal, antes mesmo de serem detalhadas publicamente.
Esquema antigo
A PF investiga afano de mais de R$ 400 milhões usando uma agência de viagens do Recife, terra do ex-presidente da CNI Armando Monteiro.
Sonho sonhado
Titular do conselho nacional do Sesi, o ex-presidente da Firjan Gouveia Vieira é candidatíssimo a se efetivar na presidência da CNI.
Mourão recua no apoio a decisões de Bolsonaro
O vice-presidente Hamilton Mourão escolheu a semana de carnaval para sinalizar que não vai cumprir o compromisso de assumir como sua qualquer decisão do presidente Jair Bolsonaro. É que ele não agiu assim no caso da socióloga Ilona Szabó, cujo desconvite para integrar Conselho de Política Criminal e Penitenciária foi decisão de Bolsonaro. Mourão criticou o fato de a colunista da Folha ter sido desconvidada: “perde o Brasil”, afirmou. Questionado, ele não comentou seu recuo.
Ainda promete mudar
O vice-presidente acha que o País perde por não sentar à mesa “com gente que diverge”. E foi bem mais além: “temos que mudar isso aí”.
Promessa solene
Mourão disse à Rádio Bandeirantes, há duas semanas, que continuaria opinando, mas adotaria (e defenderia) qualquer decisão do presidente.
Irritação no Planalto
Bolsonaro costuma telefonar reclamando de declarações de ministros e do vice. O tempo certamente fechou entre os dois.
Casamento de iguais
A campeã de votos Janaína Paschoal (PSL) encara a aliança PT-PSDB para eleger Cauê Macris presidente da Assembleia Legislativa paulista: Conchavo que mais parece casamento de jacaré com cobra d’água.
Mais um capítulo
Olhando com lupa, a nova tentativa do Ministério Público Federal de envolver Gilmar Mendes com investigados é mais um capítulo da velha briga de procuradores com o ministro. Na presidência do STF, ontem, só se falava nas advertências de Gilmar sobre ‘tentativa de intimidação’
Notícias do mundo do crime
A juíza aposentada Denise Frossard, celebrizada pelo enfrentamento a essa corja, deve ter achado no mínimo curioso observar na Sapucaí bicheiros e traficantes abraçando o discurso esquerdista no Carnaval.
Pergunta na lotérica
Se na Mega-Sena Caixa arrecadou em 2018 mais de
R$ 800 milhões e pagou apenas R$ 69 milhões em prêmios, por que diabos seu atual presidente só fala em privatizar justamente a área que dá tanto lucro?
Sem perigo de dar certo
O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que não distingue pepino de cenoura, virou secretário de Agricultura de Alagoas. Com a maior pinta de quem se vê na cadeira de piloto de Boeing sem nunca ter voado.
Abaixo a independência
Barça e Girona jogaram ontem a final da “Supercopa da Catalunha”. Razão de sobra para ser contra a separação de Barcelona da Espanha: La Liga se resumiria ao derby Real x Atletico e os únicos rivais do Barça seriam Girona e Espanyol, no campeonato catalão. Que tristeza.
Deserto dos Deputados
A agenda da Câmara previa “sessão de debates” nesta Quarta de Cinzas, em Brasília. O sistema de presença da Casa registrava apenas seis (meia dúzia) de parlamentares até às 16h de ontem.
Que vergonha
Projeto de Roberto de Lucena (Pode-SP) pretende estender imunidade tributária a imóveis que ficam no mesmo terreno de igreja. Para piorar, o projeto tramita conclusivamente, ou seja, nem precisa ir a Plenário.
Pensando bem…
…postagens de Bolsonaro no Twitter fazem lembrar a necessidade do VDM, o assessor encarregado de advertir: “Vai Dar M(*), presidente”.