A cada acidente aéreo no País, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apenas lava as mãos por meio de comunicados, sempre muito frios, que pouco esclarecem, mas servem para colocar em xeque sua existência. Após o acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat, a Anac informou que o helicóptero estava “regular”, com papéis em dia, como se isso significasse alguma coisa. A Anac já não faz sentido, tanto quanto a extinção do velho Departamento de Aviação Civil (DAC).
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Vítima da omissão
Quis o destino que Boechat, crítico desse tipo de omissão, fosse vítima do helicóptero que, fabricado em 1975, ainda voasse 44 anos depois.
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Papelada inócua
A Anac informou que as licenças e habilitações de Quatrucci, de piloto comercial de helicóptero (PCH), estavam válidas. Só que não.
Nem mesmo fiscaliza
O helicóptero que matou Boechat não estava autorizado a transportar pessoas, mas o fazia mesmo assim. E a Anac, inútil, não o impedia.
Órgão associativo
Com diretores despreparados, indicados politicamente, a Anac atua para beneficiar empresas. Parece mais uma associação empresarial.
Fim de taxa do etanol de milho preocupa indústria
Visita de uma delegação do agronegócio dos Estados Unidos a Brasília preocupou o setor sucroenergético nacional. Pudera: os americanos vieram pedir o fim da taxação para importação de etanol podre, à base de milho, um dos mais poluentes do mundo, em prejuízo do produtor nacional, que paga impostos. A importação a imposto zero foi obtida pelo lobby das distribuidoras/atravessadoras de combustíveis, do mercado, para fragilizar o produtor nacional de etanol à base de cana.
Relação desigual
O Brasil importa dos EUA 1,2 bilhão de litros de etanol, mas só pode exportar o máximo de 150 mil toneladas do açúcar, pagando impostos.
Em dólar
Segundo estima o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha, a diferença de taxação dos EUA e do Brasil é de seis ou sete vezes.
Crime de lesa-Pátria
Os distribuidores/atravessadores importam etanol podre exatamente no período em que o etanol de cana é produzido no Nordeste.
Lacuna impreenchível
O radialista José Paulo de Andrade definiu bem: “a voz é a impressão digital da alma”. O ouvinte sente a sinceridade e a honestidade ao microfone. Ricardo Boechat passava essa verdade. Ele fará muita falta.
JB-dependência
O governo está otimista com a reforma da Previdência, mas aguarda o retorno de Jair Bolsonaro ao batente. A avaliação do Ministério da Economia é que o presidente JB, do alto dos seus 58 milhões de votos, deve assumir o papel de comunicador-em-chefe da reforma.
Reforço no caixa
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) prevê votar alteração da Lei Kandir até março e dar início ao repasse a estados e municípios de R$39 bilhões para compensar a isenção de ICMS de exportações.
Esforço misto
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), defendeu uma CPI mista, com deputados, para investigar as causas da tragédia de Brumadinho. “Vamos somar esforços, em vez de dividi-los”, disse.
Defasagem
A demora em corrigir a tabela de isenção do Imposto de Renda foi alvo de críticas do senador Reguffe (DF). Segundo ele, sem correção, o trabalhador paga mais do que deveria e “isso precisa ser combatido”.
Gestão compartilhada
Começou bem o projeto de gestão compartilhada de
4 escolas públicas de Brasília, com policiais militares e bombeiros dando aulas e fazendo atividades complementares. Aumentou muito a procura por matrículas nessas escolas, em regiões marcadas pela violência e por traficantes.
De volta
O ex-senador Ney Suassuna está de volta. Filiado ao PRB, ele é o primeiro suplente do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), irmão do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Golpe da Índia
O TCU condenou a empresa indiana Hetero International após receber US$ 1 milhão da Fundação Oswaldo Cruz para compra, em 2001, de remédios de controle da Aids. Representante da indiana, a Camber Farmacêutica terá de devolver o montante com correção monetária.
Pensando bem…
…que ano é este, pelamordeDeus?