O presidente Jair Bolsonaro não perdeu a primeira chance e conversou longamente com o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o Pacto Republicano que propõe. A conversa, a sós, ocorreu durante a recepção no Itamaraty, três horas após a posse, quando os convidados receberam sinais para não interromper. A ideia é que os presidentes dos Três Poderes assumam o compromisso de enfrentar questões emergenciais para o País.
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Destravar é preciso
“O Brasil precisa destravar”, disse o ministro Dias Toffoli a esta coluna, ao confirmar o entendimento com Bolsonaro.
Três prioridades
Reformas Tributária e da Previdência e enfrentamento da criminalidade serão os temas prioritários no Pacto Republicano.
Outros temas
Toffoli também admitiu a inclusão, no Pacto Republicano, de outros temas que os presidentes dos Três Poderes considerem relevantes.
Falta o Legislativo
Bolsonaro e Toffoli aguardam a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado para uma reunião objetiva dos chefes dos Três Poderes.
Por Dodge, cerimonial ‘furou’ precedência na posse
Tão admirada pelos colegas quanto temida pelos políticos, a procuradora geral da República, Raquel Dodge, recebe tratamento de chefe de “quarto poder” em eventos oficiais, mesmo contrariando o protocolo. Pelo decreto 9.338, que fixa a ordem de precedência nas cerimônias oficiais, a chefe da PGR está em 17º lugar na lista de autoridades encabeçada pelo presidente da República. Mas, na posse de Jair Bolsonaro, ela esteve entre os 8 ocupantes da Mesa principal.
A lista é longa
Após presidente da República e vice, a ordem de precedência aponta presidentes do Congresso, da Câmara, do STF e ministros de Estado.
Precedência invertida
Cardeais, embaixadores estrangeiros, presidente do TSE e ministros do STF têm precedência sobre a PGR, integrante do Poder Executivo.
Deferência ao MP
O Cerimonial do Senado diz que o regimento do Congresso é omisso. E que o convite a Dodge foi “deferência” ao Ministério Público.
Netanyahu quer voltar
O premier israelense Benjamin Netanyahu sentiu-se tão à vontade no Brasil que ontem, durante a posse, ele segredou a diplomatas que já programa voltar no Carnaval. Ele e a mulher adoraram água de coco.
Primeira impressão
Se a primeira impressão é a que fica, o novo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ficou em má situação após seu discurso de posse, confuso e algo pretensioso. As redes sociais não o perdoaram.
Xô, papagaios
A atitude de Michelle Bolsonaro lembra outra Michelle primeira-dama, a Obama. A Michelle brasileira é dedicada defensora dos direitos de deficientes de audição. Atribui-se a ela até a iniciativa de espantar os papagaios de pirata que infestavam os ombros do presidente.
Ruído de vice
O general Hamilton Mourão não foi à transmissão de cargo de ministros no Planalto, ontem. Ele não gostou da decisão de Bolsonaro de manter a indicação do ex-ministro Carlos Marun como conselheiro de Itaipu.
Mais do mesmo
Após divulgar (28 de setembro) que Bolsonaro perderia para qualquer um no 2º turno, e (em 10 de outubro) que Haddad venceria “por 45% a 39%”, o Datafolha deveria rever os seus métodos antes de afirmar que a expectativa de êxito do novo governo é inferior a dos antecessores.
Fila de cumprimentos
Os militares de alta patente presentes na posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pareciam fazer questão de abraçar o ex-presidente José Sarney. Ele ainda provoca filas de cumprimentos.
Paleta de cores
O Palácio do Planalto retoma o antigo jeitão de quartel. Enxergavam-se nesta quarta (2) predominância das cores verde oliva, azul e branco, dos uniformes. São militares das três forças assumindo os cargos.
Tá feia a coisa
A cobertura juvenil na posse presidencial mostrou repórteres que não diferenciam chefe de Estado e de Governo, tampouco fazem a mais remota ideia do papel de primeiro-ministro e de um chanceler.
Pensando bem…
… o Executivo começa a trabalhar hoje, mas depende ainda do trabalho do Legislativo e do Judiciário, que só voltam ao batente em fevereiro.