Um estudo recém publicado nos Estados Unidos revelou que os aplicativos usados por crianças pequenas possuem um alto índice de publicidade por meio do que foi chamado de “métodos manipuladores e disruptivos”. A investigação, realizada por pesquisadores da escola de medicina da Universidade de Michigan, observou o conteúdo de 135 aplicativos – a maior parte deles (96 apps) estão entre os mais baixados (pagos ou gratuitos) na categoria de até cinco anos no Google Play. Resultado: 95% continham pelo menos um tipo de publicidade.
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Entre os formatos encontrados, estão desde caracteres comerciais e banners até anúncios camuflados como itens de gameplay. Como blindar seu filho dessa propaganda toda? Warren Bukleitener, um especialista americano que é editor do Childrens Technology Review, faz uma boa analogia para tratar do assunto com os pais. “Você pode evitar afogamentos de crianças construindo muros em volta de piscinas ou ensinando a nadar”, diz ele.
Segundo o americano, em vez de colocar a energia em restringir o uso da tecnologia, pais devem optar pela capacitação.
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Bukleitener está entre os especialistas que vêm difundindo um trio de estratégias para ajudar os pais a capacitarem os filhos em relação à tecnologia, que em português foi batizada de AES, as iniciais de acesso, equilíbrio e suporte.
Acesso: Só há uma maneira de aprender como a tecnologia funciona: usando-a. Isso significa brincar com câmeras digitais, baixar aplicativos, usar laptops e videogames.
Equilíbrio: Para contrapor o tempo nas telas que tende a ser abstrato e simbólico, vale investir também em atividades reais e concretas. E neste caso valer usadas as telas para fotografar as belas paisagens do local.
Suporte: Se deixadas sozinhas assistindo a um desenho, as crianças vão fazer o que bem entenderem. Eles precisam de supervisão de um adulto e modelos para definir limites e demonstrar como usar a tecnologia para melhorar e capacitar – em vez de distrair e perder tempo.