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‘Mapa da derrota’ comprova os erros de Alckmin

O PSDB desperdiçou mais da metade da propaganda eleitoral de Geraldo Alckmin, de 31 de agosto a 4 de outubro, contra adversários: 21,9% foram de ataques a Jair Bolsonaro, 465 inserções no total, que apesar disso não parou de crescer, e 4,7% criticaram Haddad, reduzindo-o a “linha auxiliar” do PT. Alckmin gastou somente 1,2% da propaganda para tratar de Desemprego e 3,5% para Saúde, segundo Relatório de Inserções da FW Spot, empresa em “checking de mídia”.

Bateu pouco no PT
Críticas ao PT de Haddad, rival histórico do PSDB, consumiram apenas 99 dos 2.123 programas de TV exibidos na campanha.

Bateu muito no PSL
Alckmin bateu em Bolsonaro usando 1.277 inserções na TV, mas a estratégia parecia feita à medida para ajudar Haddad a ir ao 2º turno.

Recomendados

Candidato minimizado
O PSDB fez 623 propagandas atacando Bolsonaro e Haddad (29,3% do total) e apenas 80 (3,8%) levantando a bola do próprio candidato.

Importante era criticar
Tema fundamental, Economia mereceu só 0,6% da campanha eleitoral de Alckmin na TV. Segurança/criminalidade, raquíticos 5,6% do total.

Empresas do ‘Minha Casa’ financiam ex-ministro
A campanha do deputado Bruno Araújo (PSDB) ao Senado, em Pernambuco, recebeu doações de mais de R$ 400 mil de donos da MRV e da Cury Construtora de duas das principais empresas que receberam financiamentos para o “Minha Casa Minha Vida”. Como titular do Ministério das Cidades desde o início do governo Temer até novembro de 2017, Araújo comandou o programa que usou R$ 106 bilhões do FGTS para financiar o programa habitacional federal.

Mãos abertas
Rubens Menin, dono da MRV, generoso, desembolsou oficialmente R$ 250 mil, enquanto Fabio Cury, da Cury Construtora, R$ 163 mil.

Distribuidor de dinheiro
Rubens Ometto, rei das distribuidoras de combustíveis, sabe-se lá por que, também deixou R$ 100 mil para a campanha de Bruno Araújo.

Sem explicações
A assessoria alegou que Menin está no exterior, tampouco Cury foi encontrado. Bruno Araújo e sua assessoria não retornaram às ligações.

Zero Um em campanha
Companheiros de caminhada, principalmente os vinculados à caserna, tratam Jair Bolsonaro por um apelido comum entre militares, e celebrizada no “Tropa de Elite”, filme de José Padilha: “Zero Um”.

Rede furada
O revés de Marina Silva, com 1% dos votos, pode representar o começo do fim do seu partido. A Rede não atingiu a cláusula de desempenho e, já a partir de 2019, perderá tempo de TV.

Renan se deu bem
O capitão do Exército Renan Contar circulou o Mato Grosso do Sul em uma moto, abraçado à bandeira de Bolsonaro. Acabou como deputado estadual mais votado. Seus 77.802 votos o elegeriam deputado federal.

PSL em alta
O PSL pode ser o destino para deputados que podem perder os partidos, fulminados pela cláusula de barreiras, num eventual governo de Jair Bolsonaro. Partido de presidente sempre atrai muita gente.

Desprezo pela eleição
Supera os 10,6 milhões o número de eleitores que votaram branco, nulo ou não votaram no estado de São Paulo, quase 36% de todos os eleitores. João Dória (PSDB), que venceu, teve 32% dos votos.

Estacionado no ranking
O Brasil ocupa a 161ª posição no Ranking de Presença Feminina no Poder Executivo, entre 186 países, com apenas uma governadora, Suley Campos (RR). O ranking não vai melhorar: a única mulher que pode virar governadora em 2019 é a potiguar Fátima Bezerra (PT).

Sempre na aba
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) foi o último a garantir vaga na Câmara. Teve votação de vereador, 24 mil votos, mas foi salvo pelo voto de legenda. Em 2022 terá de se virar, com o fim das coligações.

Limpa geral
Circula nos corredores da Câmara a lista de partidos que, alvejados pela cláusula de barreiras, podem sumir: Rede, Novo, PTC, PMN, PRP, PV, Avante, PCB, PSTU, PRTB, DC, PCO, PPL, Patriota, Pros e PMB. Ficarão sem tempo de TV e sem os fundos partidário e eleitoral.

Pensando bem…
…a novela brasileira ganhou uma (pequena) extensão.

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