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Todos podem ser, #sim

Complicadíssimo. Diante das escolhas propostas, como é difícil considerar alguém, em detrimento dos outros, melhor (ou favorito, ou justo que seja agora em seu momento, em nosso momento). Sem falar que é preciso acolher quem vença como afiançado por mais méritos. Ninguém está na disputa de modo fortuito, por engano. Todos trabalharam por suas indicações, direta ou indiretamente, e fizeram por merecer. Até alguns menos “famosos”. Aliás, esta relação entre reconhecimento e excelência parece nunca chegar a um consenso: há gênios esquecidos (apenas o futuro será balizador) e quem, por estar numa posição mais visível, bem apontado. Melhor? Pior? Diferentes.

Fato: antes de novembro, descobriremos. E será um. Ou uma. #Sim.

Olho para a nominata e penso numa série ainda maior de nomes que bem poderiam estar ali. Até em muitos que morreram sem conquistar tal oportunidade. Isso não desmerece os listados, ao contrário: foram ungidos pelos critérios certos. Eles mesmos sabem disso, tenho certeza que sim. Homens e mulheres que representam o todo. Porém, é de uma inutilidade e de um desserviço absurdo eu pensar agora nos ausentes. Meu foco, nosso foco, deve ser concentrado nos contendores do momento – aos outros haverá oportunidades futuras. Quem sabe eu próprio? É, tem sempre um generoso – ou gaiato? – a lembrar que, caso concorresse, torceria por mim. Obrigado! Chance beirando o zero.

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Nessa disputa, guardo um consolo: ainda bem que não cabe a mim, assim sozinho, definir. Estaria em palpos de aranha. Representatividade não é coisa simples. Simpatia, por exemplo, é mau critério. E se simpatizo com mais de um? Com todos? Ganharia inimigos ao optar por lá ou cá? Complacência de pesar-me nos ombros uma escolha excludente? Parecerei grato, interesseiro? Por outro lado, determinar por visão ideológica torna tudo embaralhado, sem falar no fato de que, ao barrar alguém a priori por tal critério, isso faria de mim um sectário – tudo o que jamais desejo ser. O leitor sabe: minha luta vital é em nome da pluralidade.

Por tudo isso, abraçarei com os melhores votos a quem venha a ser escolhido, justificando o título da crônica – #sim. Seja Caio Riter, Celso Gutfreind ou Cláudia Tajes. Seja Letícia Wierzchowski ou Maria Carpi para patrono ou patrona da 64ª Feira do Livro de Porto Alegre, minha alegria estará garantida. Cuidei em citá-los por ordem alfabética como precaução de julgamentos sobre preferência pessoais. Parabéns por serem patronáveis, e não vejo a hora de conhecer o nome eleito!

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