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Um teste de faz de conta

Quando somos crianças, fazemos de conta o tempo inteiro para ensaiar a vida que nos aguarda. Por lembrar disso agora, imaginei uma maneira de filtrar os candidatos a serem escolhidos para outubro, não importa em qual espectro ideológico estejamos nós ou eles – vai por mim, funciona em todos. O teste:
Faz de conta que cada um dos candidatos esteja na eleição do país (X) que você tanto admira (em X deve estar um país democrático). Colocando o cardápio de candidatos na lacuna (Y), tente responder as seguintes questões com o máximo de sinceridade:
a) O candidato (Y), assim como você, admira o país (X)?
b) O eleitor de (X) levaria a sério a candidatura do político (Y)?
c) Se eleito, o candidato (Y) mudaria bastante (X), ou seguiria numa direção mais ou menos semelhante?
Agora, o exercício inverso: faz de conta que os candidatos concorram no país (Z) que você tanto despreza (aqui, continua valendo a regra de serem países democráticos). Colocando os nomes na lacuna (Y), tente responder as seguintes questões com o máximo de sinceridade:
a) O candidato (Y), assim como você, despreza o país (Z)?
b) O eleitor de (Z) levaria a sério a candidatura do político (Y)?
c) Se eleito, o candidato (Y) mudaria bastante (Z), ou seguiria numa direção mais ou menos semelhante?
Terceiro faz de conta: imagine nossos vários candidatos no país (W) onde existe apenas um partido, simulando uma democracia (ou veja W como uma ditadura explícita). Colocando os nomes na lacuna (Y), tente responder as seguintes questões com o máximo de sinceridade:
a) O candidato (Y) admira ou despreza o país (W)?
b) O candidato (Y) seria situação ou oposição em (W)?
c) Aí, se pudesse, o candidato (Y) mudaria tudo em (W), ou seguiria numa direção mais ou menos semelhante?
Como nos jogos de faz de conta, minha proposta não passa de um exercício de imaginação. Porém, essa brincadeira pode esconder – ou revelar – muita coisa. Por exemplo, o verdadeiro apreço pela democracia; quais candidatos combinam com o modelo de país que mais admiramos/desprezamos; se estamos convictos ou iludidos. Experimente o teste, vai! E peça para os colegas, filhos, pais, cônjuges fazerem também. Em jogo, o que se quer ser quando crescermos.

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