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Limites: quanto mais cedo, melhor

Educar uma criança ou um adolescente é tarefa extremamente complexa, que pode ser mais difícil  do que dirigir uma empresa com milhares de funcionários.  Quem diz isso é Augusto Cury, que é considerado um dos psiquiatras mais lidos da atualidade. Para Cury, um dos segredos da boa educação é saber dar limites. E quanto mais cedo eles forem colocados, melhor serão aceitos. “Pais que não sabem colocar limites claros e inteligentes poderão se transformar em reféns de suas crianças, além de colaborar para transforma-los em vítimas das armadilhas mentais”, afirma ele. Cury define como “armadilhas” o consumismo, o conformismo e a dificuldade  de transformar perdas em ganhos e crises em oportunidades.

Dez limites inteligentes

Em seu livro mais recente, “Socorro, meu filho não tem limites”, Augusto Cury lista os dez limites que define como inteligentes (e fundamentais) na educação das crianças.

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1. Dar valor ao dinheiro. Segundo ele, problemas financeiros causados pelo consumismo (dívidas e falências) são tão graves quando traumas.

2. Arrumar a cama. Parece banal. No entanto, para Cury, é importante que os filhos tenham responsabilidades desde a mais tenra infância.

3. Guardar pratos e talheres. Tarefas simples que não afetam o corpo ajudam as crianças a entenderem que fazem parte de um time, a família.

4. Realizar tarefas escolares. As crianças devem aprender que escola é um restaurante do conhecimento e não uma fonte de tédio.

5. Usar celular com inteligência. A intoxicação digital tem sido fonte de graves transtornos emocionais com consequências sérias para a saúde mental.

6. Não usar dispositivos eletrônicos na mesa de refeição. É praticamente um crime pais e filhos ficarem acessando redes sociais e e-mails enquanto comem. O diálogo morre e o amor familiar adoece.

7. Não usar celulares nos fins de semana. Famílias saudáveis sabem que os filhos e os pais são as únicas celebridades que interessam.

8. Jogar games com inteligência. Duas horas no máximo por dia, três vezes por semana. Celulares e videogames estão matando a empatia e a capacidade de lidar com frustrações na personalidade dos indivíduos.

9. Ter horário para prática de esportes e de leitura de livros. Essas atividades abrem janelas saudáveis que tranquilizam  a mente humana.

10. Não dar presentes em excesso. A prática gera ansiedade por novos produtos  e promove a insatisfação crônica.

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