Foi-se o tempo em que terapia era coisa de adultos apenas. O número de crianças encaminhadas aos consultórios por causa de algum transtorno comportamental ou dificuldade pontual aumentou drasticamente nos últimos anos. E, ao contrário do que muita gente acha, não há nada de mau nisso.
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Psicóloga clínica, a mineira Jane Ávila lembra que as crianças de hoje são inundadas de informações, mas têm pouca maturidade para absorver o que é preciso. O excesso de estímulos sem seu devido tempo de elaboração é, provavelmente, uma das causas do aumento de casos de crianças que precisam de ajuda terapêutica. Temos uma geração mais agitada, questionadora e inquieta, que, naturalmente, passa a apresentar sintomas quando não sabe dizer objetivamente o que está sentindo.
Será que meu filho precisa?
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É muito comum que os pais se apavorem diante de um conflito. Afinal, tudo o que querem é ver o filho feliz e bem resolvido. E, quando isso não acontece, eles se culpam por isso. Jane Ávila diz que tirar a culpa de cima dos ombros dos pais é fundamental. É importante admitir o problema, livrar-se do sentimento de fracasso e saber a hora de buscar ajuda. Não ter medo de perguntar: “será que meu filho precisa de terapia?”.
Embora muitos pais sejam a ponte direta entre o pai e o especialista – seja psicólogo, psicanalista ou psiquiatra – , na maioria das vezes as crianças chegam aos consultórios por encaminhamento escolar. É claro que nem todos os conflitos precisam de intervenção psicológica, mas é dever da instituição de ensino alertar os pais quando algo sai do controle.
Os 10 principais motivos
Confira quais são os principais motivos que, segundo os especialistas, levam os pequenos ao divã.
- Separação dos pais
- Medo
- Dificuldade de aprendizagem
- Hiperatividade
- Problema de comportamento social, como timidez, passividade ou agressividade.
- Baixa autoestima
- Dificuldade em lidar com a frustração
- Distúrbios alimentares
- Distúrbios de sono
- Uso abusivo das tecnologias