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Quanto menos emprego maior a exigência

“Quanto menos  emprego maior a exigência”. Essa é uma certeza que, contudo, tem enganado e confundido muito os empresários. Temos visto muitas empresas relaxarem na busca de profissionais, imaginando que, em função do número de desempregados, está mais fácil encontrar um profissional para sua oportunidade.

A demora na procura, bem como a baixa assertividade, tem causado muitos problemas de adesão e principalmente de manutenção desse profissional. Num mercado estável, quando a procura e a oferta estão equilibradas, a exigência, assim como as técnicas de recrutamento das pessoas apropriadas às vagas, é mais clara.

Nosso país possui algumas estatísticas que dificultam ainda mais essa procura. Uma delas é o índice de analfabetismo, que, segundo o IBGE, é de 11,8 %. Apenas 51% possuem o ensino fundamental; e da população acima de 25 anos somente 26,3% possuem o ensino médio.

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O dado mais alarmante, na minha opinião, denuncia que 90% da população de 15 a 90 anos têm baixa proficiência em escrita, leitura e na habilidade matemática.  Como achar pessoas competentes neste mundo tão competitivo com essas estatísticas?

Assim começa a dificuldade na busca por bons profissionais.  Na contramão disso tudo, para uma vaga simples, muitas vezes são exigidas habilidades como uso de tecnologia, ter um segundo idioma e boa redação.

As próprias exigências eliminam muitos da concorrência. Temos apenas um percentual pequeno de pessoas com boa formação, capazes de concorrer e melhor atender as exigências do mercado. Torna-se cada vez mais importante possuir um processo seletivo bem estruturado e alinhado, garantindo idoneidade e transparência nos critérios de seleção.

Achar que o desemprego atual facilita a busca é um dos maiores equívocos que um empresário pode cometer.

Para quem está desempregado, a dica é não ficar parado e trocar as desculpas pelo foco na formação.

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