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O silêncio dos inocentes

Domingo, na rodovia Castelo Branco, a caminho da Band, assustei com aquela paz de cemitério. Quase não havia carro nenhum. Quem tinha gasolina guardou o carro à espera de uma solução. Um silêncio marginal é assustador nas marginais de uma das maiores cidades do planeta. Parecia cena de filme do fim do mundo.

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Não foi preciso o povo sair às ruas nem bater panela para a classe política se assustar. Bastou sair das ruas e ter panelas vazias com a escassez de alimentos, que já faltam no mercado. O silêncio do povo assusta mais que bala de canhão.

Agora é torcer para que o governo apareça, porque sem comando a história prova que até o Titanic afundou. Espero que no desespero não arranhem nossa já derrubada democracia, com dois presidentes colocados para fora do poder e um ex-presidente preso.

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Que nossas instituições permaneçam firmes no caminho das urnas. Mais do que isso, que essa classe política entenda que só há um caminho para representar o povo com dignidade: governar para o povo e pelo povo, e não para o próprio bolso.

Foi desmando e roubalheira de anos seguidos na nossa história em que, protegidos pelo poder, cartéis, foro privilegiado e coisas parecidas, nos levaram para o abismo. Agora, BASTA! Não temos mais tempo ou paciência para esperar dignidade de quem promete e não entrega. Meu pai, um humilde barbeiro e porteiro, dizia que a maior malandragem é ser honesto. Aviso aos malandros, que a gente já sabe quem são: acabou a farra. Que o silêncio dos inocentes acorde vocês.

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