Colunistas

Delação de Palocci deve atingir Dilma em cheio

Além de atingir Lula, o acordo de delação de Antônio Palocci vai “colocar na roda” a ex-presidente Dilma Rousseff, a quem o ex-ministro petista já acusou, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, de compactuar com os esquemas de corrupção do seu governo. Palocci deve detalhar, por exemplo, a reunião entre Lula, Dilma e Emílio Odebrecht, no fim de 2010, para acertar os detalhes do esquema de propina e do direcionamento de grandes licitações em favor da empreiteira.

Reunião esclarecedora

A reunião com Dilma, citada antes por Palocci, serviu para esclarecer dúvidas sobre a “conta corrente” de R$ 300 milhões para o PT.

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Nos mínimos detalhes

Palocci promete contar como Dilma agiu para manipular a licitação do Galeão para a Odebrecht, com cláusulas de exclusão dos rivais.

Campanha da propina

Palocci já falou sobre como a aquisição de sondas pela Petrobras para explorar o pré-sal serviu para financiar a campanha de Dilma, em 2010.

Conhecimento de causa

Além de coordenador da campanha, Palocci foi ministro da Casa Civil de Dilma e atuava direto com a Odebrecht, que o apelidou de “Itália”.

Telebrás tem contrato ‘tarja preta’ com americanos

Intimada a apresentar à Justiça Federal a íntegra do contrato com a empresa norte-americana Viasat Inc, para exploração do satélite de comunicação no qual o Brasil investiu R$ 2,8 bilhões, a estatal Telebrás entregou o documento de 132 páginas inutilizado por tarjas pretas que suprimem e escondem dados essenciais, como valores e percentuais. As empresas que obtiveram a suspensão do contrato avaliam pedir a prisão da direção da Telebrás por desrespeito a ordem judicial.

Generalidades

A censura no contrato da Telebras com a americana Viasat encobriu o que havia de relevante. À mostra, apenas generalidades.

Americanos no controle

O contrato que a Telebrás tenta esconder deu à empresa americana a exploração do satélite com dados do governo e das Forças Armadas.

Nas mãos de Cármen

Decisão judicial suspendendo o contrato foi mantida em outras quatro instâncias. Agora está nas mãos da ministra Cármen Lúcia, do STF.

Rio quebrado

Licitação milionária para assessoria de imprensa do Governo do Estado do Rio foi declarada “deserta”: nenhuma agência fez proposta com medo do calote. Sinal da desconfiança que ronda o governo carioca.

Meu pirão primeiro

Corrupção pode, mas atrasar salários e penduricalhos, nem pensar. Desde a posse, o governador Fernando Pimentel (PT-MG) sobrevive à Operação Acrônimo, com ajuda da Assembleia. Mas foi só mexer no bolso da rapaziada para o processo de impeachment ser instalado.

Piñera em Brasília

Pouco mais de um mês depois da sua posse, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, visita o Brasil nesta sexta, 27 de abril de 2018. Será visita de Estado, com pompa e circunstância.

Choque elétrico

Em nome do PSB, os advogados Cláudio Pereira de Souza Neto, Beatriz de Sena, Ademar Borges e Ana Beatriz Robalinho Cavalcanti, de Brasília, alegam no STF a inconstitucionalidade da desestatização da Eletrobrás sem a prévia autorização do Congresso.

Iniciativa tardia

O deputado Wadih Damous (PT) tenta convencer o criminalista Alberto Toron a disputar a presidência nacional da OAB contra Felipe Santa Cruz, rival na OAB-RJ. Ele diz representar um grupo de advogados.

Paulinho, a biografia

O jornalista Marcos Damiani conclui a biografia do deputado Paulinho (SP), fundador da central Força Sindical e presidente do partido Solidariedade. Paulinho contou ao autor muitos fatos inéditos, como quando rompeu com a então presidente Dilma, mandando-a às favas.

Apropriação

O Código de Trânsito Brasileiro recebe uma interpretação exótica no Detran-DF: dinheiro das multas é usado para milionárias “licenças-prêmio” e para bancar um tal “fundo de formação de patrimônio do servidor”.

Coitadinhos

Quase 200 pessoas festejavam aniversário de bandidos, no Rio, aí chegou a polícia e prendeu todo mundo. Depois viraram coitadinhos inocentes, clamando por “justiça”. Pior: muitos acreditam nessa lorota.

Pensando bem…

… foi difícil achar trabalho na Câmara dos Deputados na quinta-feira véspera da véspera de feriado.

Poder sem pudor: loucura como herança

Grande contador de “causos”, o escritor e ex-ministro Ronaldo Costa Couto escreveu as “orelhas” do livro de Vera Brant, “JK, o reencontro com Brasília” (Record, Rio, 2002). Depois de lembrar Brant que em Minas não fica doido, piora, Couto contou que certa vez, em 1973, Juscelino Kubitscheck foi conhecer o apartamento da amiga, em Brasília, e se deparou com um belo carrilhão na sala.

– Herança do seu avô português, Vera? – perguntou JK. – Não. Da minha família, só herdei a loucura. O resto eu mesma comprei.

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