O Brasil enfrenta uma série crise econômica, com reflexos nos hábitos de consumo das famílias, o que vem afetando as vendas de vários segmentos da indústria. Mas não a de brinquedos. No ano passado, o faturamento chegou a R$ 10,5 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). O número é 8,5% maior do que o registrado em 2016. De acordo com a entidade, desde 2009, a receita dos fabricantes não para de crescer. Mesmo em tempos de vacas magras, os pais continuando gastando, e muito, para atender os apelos dos pequenos.
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6 brinquedos per capita ao ano
E o que não falta é otimismo por parte da indústria nacional dos brinquedos. É que a relação de vendas per capita no Brasil ainda está muito abaixo dos países desenvolvidos. Os europeus presenteiam as crianças com, aproximadamente, 30 brinquedos per capita no ano. E os norte-americanos dão, em média, 28 presentes per capita ao ano. Já os brasileiros ofertam às crianças, apenas, 6 brinquedos per capita por ano. Logo, há muito o que crescer. O mercado de crianças consumidoras de brinquedos no Brasil é da ordem de 45 milhões, nas estimativas da Abrinq.
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Meu brinquedo favorito
Os números provam que as crianças estão comprando muito – ou fazendo seus pais comprarem. Mas os que elas tiram das prateleiras e levam para casa já é bem diferente do que era no passado recente. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Play – Pesquisa e Conteúdo Inteligente, a partir dos 6 anos elas estão escolhendo itens cada vez mais introspectivos e tecnológicos. Embora brincar com bonecas e super-heróis ainda apareça entre as brincadeiras favoritas de 60% dos meninos e meninas de 6 a 8 anos entrevistados pela Play, os brinquedos perderam para o mundo virtual. Para 75% dos entrevistados, assistir a canais do YouTube é a “brincadeira favorita” dos pequenos. O levantamento da consultoria vai de encontro à pesquisa da própria Abrinq que revela uma queda de 4,9%, entre 2016 e 2017, nos chamados “brinquedos que envolvem relações sociais”.