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Cunha quer provar que três delatores mentiram

O ex-deputado Eduardo Cunha, que foi presidente da Câmara, tem dedicado seu tempo de prisão, no Complexo Médico Penal de Curitiba, “com foco e paciência de ourives”, segundo um amigo da família, a um trabalho minucioso que pretende desmontar depoimentos de três delatores que mais o implicaram nas denúncias que o levaram à prisão: os “operadores” Júlio Camargo, Fernando Baiano e Lúcio Funaro.

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Chefe de quadrilha

Os três delatores acusaram Eduardo Cunha de cobrar propinas e de recebê-las, usando sua influência para viabilizar decisões oficiais.

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Data hora e local

Focado, Cunha isola datas, horários e locais citados e garimpa provas de que ele não poderia ter participado das reuniões delatadas.

Fisicamente distante

Cunha está animado, dizem amigos da família: acha que vai provar, em alguns casos, que nem sequer estava na cidade de algumas reuniões.

Mentira dá cadeia

Caso a mentira venha a ser comprovada, Camargo, Baiano e Funaro ficam sujeito a anulação dos respectivos acordos de delação premiada.

Alvo da PF movimentou mais de R$2,8 bilhões

Sócio de uma centena de empresas e no centro de duas investigações simultâneas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Arthur Pinheiro Machado, preso na Operação Rizoma, movimentou mais de
R$ 2,8 bilhões em negócios com fundos de pensão, até municipais. Tanto dinheiro seria suficiente para pagar à vista o sofisticado satélite de comunicações SGDC, que o Brasil comprou em suaves prestações.

Sem referências

Oficialmente, o senador Renan Calheiros não aparece na investigação que tem como alvo o amigo Milton Lyra. Ou tudo estaria no STF.

Relacionamento

Do tipo afável, Milton Lyra organizou várias degustações de vinho, com especialistas renomados e convidados de destaque na vida de Brasília.

Do fundo do baú

Alvo da Rizoma, Marcelo Sereno dividiu com Waldomiro Diniz o protagonismo do primeiro escândalo de corrupção do governo Lula,

Tapa na cara

O PT e partidos puxadinhos do PT querem uma “comissão externa” para avaliar as condições da prisão de Lula. Sala com chuveiro elétrico e TV para ver jogo do Corinthians não são regalias suficientes.

Polícia muda de casa

A área jurídica do governo paulista analisa mudar a Polícia Civil para a Secretaria de Justiça, a fim de criar espaços para composição política do governo Márcio França. A Polícia Militar continuaria na Secretaria de Segurança. Entidades de delegados aprovam a ideia. E fazem pressão.

Insegurança jurídica

Advogados criminalistas criticam o Supremo Tribunal Federal pelas idas e vindas. Após aceitar o exame do habeas corpus de Lula, “abrindo a porteira” para outros condenados em segunda instância, decidiu diferente sobre um caso idêntico, o “HC” de Antonio Palocci.

Pró-voto distrital

Pré-candidato ao Planalto, o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif, é um dos defensores do projeto que prevê a adoção do voto distrital, que deve voltar à pauta do Congresso após as eleições.

Parola na OMC

A indicação do embaixador Alexandre Parola para chefiar a missão do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, chega ao Congresso nesta sexta (13). Atual porta-voz do presidente Michel Temer, Parola assumirá o posto em 1º de janeiro.

Não mexe comigo

Ao ser questionado pela defesa de Lula sobre os outros e-mails enviados, Marcelo Odebrecht foi curto e grosso: “já devo ter enviado mais de três mil”. “É melhor que a defesa do Lula fique com os e-mails (selecionados), porque quanto mais eu vou, mais complica a vida dele”.

Herança de Dilma

Em 2016 e 2017, o Ministério da Educação repassou 100% dos recursos para custeio das universidades federais, fato que não ocorreu nos últimos dois anos de governo Dilma Rousseff, do PT.

Criminoso nada especial

A carceragem da PF no Paraná tem regras claras para a visitação de presos, como o petista Lula. Não adianta políticos demagogos insistirem: preso comum merece tratamento de preso comum.

Pensando bem…

…o Supremo Tribunal Federal, conforme anotou um ouvinte da rádio BandNews, substituiu a súmula vinculante pela súmula vacilante.

Poder sem pudor: Deus sem votos
Roger Levy disputou em São Paulo uma vaga na Câmara dos Deputados, nos anos 1980, quando o general João Figueiredo acabava de assumir a presidência da República. Levy teve um desempenho pífio, três mil votos.

– Mas me sinto Deus – disse a um jornalista.

– Por que?

– Ora, Figueiredo foi eleito com 300 votos, o papa com 100 votos. Com três mil, eu me sinto Deus.

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