Apesar da afirmação da ministra Cármen Lúcia de que o ex-presidente seria tratado como qualquer outro condenado, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) resolveram proteger Lula, condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia por corrupção. Atropelando o Tribunal Regional Federal (TRF-4), a súmula 691 e o entendimento de todas as instâncias que negaram o benefício, o STF criou uma “pizza provisória”, proibindo a prisão do corrupto condenado antes do julgamento do habeas corpus.
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Teatro da Justiça
Ministros do STF e advogados de Lula não pareciam surpresos com o a “pizza provisória” de ontem. Perplexidade só havia mesmo nas ruas.
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Desculpa esfarrapada
O STF não julgará o habeas corpus na próxima semana, alegando o “feriado de Páscoa”. Que cai na sexta, quando raramente há sessões.
Dá uma canseira…
Com a sessão avançando na madrugada, disse Ricardo Lewandowski, a “matéria ficaria prejudicada”. E a Justiça também, faltou dizer.
STF ‘acovardado’
O movimento “Vem Pra Rua” não parou de reproduzir em Brasília, ontem, o áudio em que Lula chama o STF de “acovardado”. Humm…
Diplomata espancador de mulheres volta a atacar
Acusado em diversos casos de agressão a mulheres, até no exterior, o diplomata Renato de Ávila Viana foi denunciado outra vez à Polícia Civil do DF. Uma mãe contou terça (20) à 1ª DP, de Brasília, que a filha Rafaella de Melo Maciel, namorada de Renato, desapareceu em 13 de março em companhia dele. Jobeniva Livramento de Melo contou que o relacionamento da filha com Renato é “conturbado”, e que Rafaella disse sentir medo dele, relatando ter sido agredida por diversas vezes.
Duas ocorrências
É a segunda vez que a mãe de Rafaella denuncia o diplomata à polícia. O namoro iniciou em outubro e em dezembro houve a primeira queixa.
Remédios controlados
A mãe afirma que Rafaella faz uso de remédios controlados para o tratamento de transtorno de borderline, e tenta sua interdição na Justiça.
Agressão registrada
Agressão de Renato a Rafaella, segundo a mãe, foi
registrada até no livro de ocorrências do condomínio onde ele mora.
Impunidade garantida
Licenciado para “tratamento de saúde”, o diplomata Renato de Ávila Viana já se envolveu em pelo menos seis agressões a mulheres, mas nunca foi punido pelos colegas do Ministério das Relações Exteriores.
Líder indignado
O líder do blocão na Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está revoltado com o governo Temer: descobriu que a aliança do ministro Maurício Quintella (Transportes) com tipos como Renan Calheiros foi obra do ministro Moreira Franco, em prejuízo dos aliados de Temer em Alagoas.
Nunca acaba
Ex-titular da Vara de Execuções Penais do DF, o juiz Ademar Silva Vasconcelos faz a pergunta que não se cala: “Quase todos os usuários reclamam das operadoras de telefonia, exceto presidiários. Por quê?”
Povo contra os Correios
Em apenas quatro dias, já reúne mais de 19 mil assinaturas o abaixo-assinado no site Change.org contra o aumento abusivo dos Correios de até 51%, no frete dos produtos comprados pela internet.
Nenhuma novidade
Os leitores da coluna sabem há semanas o que jornalões descobriram ontem: a existência da Súmula 691, afinal rasgada ontem, que veda ao STF conhecer habeas corpus negado em outro tribunal superior.
Tudo normal
Quando viram o ministro Roberto Barroso sair do almoço no restaurante Le Jardin, do Cube de Golfe de Brasília, curiosos notaram que seu carro oficial, um Hyundai Azera, não tem placa verde e amarela, como dos demais. Consultaram o aplicativo Sinesp Cidadão: a placa não é fria.
Lula preso
O “Pixuleco”, boneco que representa Lula vestido de presidiário com número “13-171” na camisa foi apreendido ontem pela polícia, em Brasília. “Desobedeceram a ordem de não inflar”, explicou a PM-DF.
Tipo celebridade
No calor das discussões do julgamento que acabou em “pizza provisória” para o ex-presidente Lula, ministros do Supremo foram vistos em conversas paralelas cobrindo a boca para evitar leitura labial.
Pensando bem…
…com o adiamento da sessão para julgar em definitivo o habeas corpus do petista, Lula venceu no Supremo pelo cansaço… dos ministros.
Poder sem pudor: Consumidor distraído
Participando de uma excursão parlamentar a Nova York, o deputado Germano Rigotto (PMDB-RS) chamou os colegas para acompanhá-lo à conhecida loja Macy’s. Queria comprar umas roupas. Vaidoso, acabou impacientando os deputados com a demora na escolha. Decidiu ir embora. Já de saída, ele se voltou para o atônito vendedor, cheio de roupas penduradas nos braços, e gritou em bom sotaque gaúcho:
– Guarda tudo que volto amanhã, tchê!
O vendedor nada entendeu, nem os colegas de Rigotto, que até hoje não sabem se ele brincava ou esqueceu que ali o idioma era outro.