Gasolina mais barata no Paraguai revolta brasileiros


Cláudio Humberto
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, manteve silêncio, porque não tem o que dizer, mas sua assessoria criou uma explicação bizarra para o fato de a gasolina brasileira custar R$ 2,45 (aditivada, R$ 2,62) em postos da BR no Paraguai, e até R$ 5,11 no Brasil. O flagrante viralizou na internet, provocando revolta. Para explicar a exploração no Brasil, a estatal diz praticar “preços internacionais”, mas curiosamente recorre a fatores internos para justificar os baixos preços lá fora.
Culpa sempre dos outros
A Petrobras acha que a gasolina é mais cara no Brasil por culpa dos impostos, da adição de etanol e dos lucros das distribuidoras e postos.
Brasileiro não aguenta
A Petrobras aumentou a gasolina por 13 semanas consecutivas, e seu presidente se especializa em desculpas bizarras para explicar isso.
ANP não está nem aí
A inútil Agência Nacional do Petróleo (ANP), claro, lava as mãos: limita-se a informar que no Brasil há “liberdade de preços”.
Situação esdrúxula
Autossuficiente, o Brasil cobra dos brasileiros por sua gasolina o dobro dos preços no Paraguai, que não produz uma gota de petróleo.
Câmara gastou meio bilhão sem licitação em 2017
A Câmara dos Deputados gastou R$ 559 milhões sem licitação no ano passado. O jeitinho é enquadrar contratos de valor milionário em casos de dispensa ou inexigibilidade de licitação. Como no caso da contratação anual, pelo valor de R$ 2,5 milhões, do hospital Sírio-Libanês, aquele das estrelas, para atender suas excelências, familiares e bem relacionados servidores. Tudo por conta do contribuinte.
E o corpo técnico?
Apesar do seu caríssimo corpo técnico, a Câmara pagou R$ 2,4 milhões à Fundação Getúlio Vargas por estudos sobre “políticas públicas”.
Câmara seguros
Um convênio com a Caixa Econômica Federal, também com “inexigibilidade de licitação”, custa à Câmara
R$ 445,2 milhões.
Armados para guerra
Entre as compras sem licitação na Câmara estão gás lacrimogêneo, spray de pimenta, balas de borracha e material de controle de multidão.
Contador de lorotas
Lula continua repetindo, para ver se cola e vira “verdade”, que nada foi provado contra ele. O ex-presidente mente. As provas no primeiro caso são sólidas, e a pena de 12 anos e 1 mês é só o começo da rebordosa.
Lula em números
Nas cinco ações e duas denúncias a que responde, Lula é acusado 246 vezes de lavagem de dinheiro, 21 de corrupção passiva, 3 de formação de quadrilha, 4 de tráfico de influência e 2 de obstrução.
Tapa na cara
A Latam já aumentou as tarifas: mala de até 23 kg, na emissão do bilhete, subiu 33%, passando de R$ 30 para R$ 40. A inflação desde o início da cobrança (junho de 2017) até dezembro foi de 1,5%.
Chegou chegando
O desembargador Manoel Calças já estreou na presidência do Tribunal de Justiça de SP culpando a imprensa, cancelando entrevistas. Tudo em razão das próprias declarações, espantosas, orgulhando-se de receber auxílio-moradia apesar de ser dono do imóvel onde reside.
Preguiça pré-carnavalesca
A Câmara voltou ao trabalho, só que não: estava prevista uma mísera reunião de comissão, mas foi cancelada. É que somente a deputada Rosângela Gomes (PRB-RJ) apareceu para trabalhar.
Queda na Selic
A Associação das Entidades dos Mercados Financeiros divulgou nova previsão para taxa de juros para 2018: 6,75%. A aposta é numa queda de 0,25 percentual na Selic, na reunião do Copom desta quarta-feira.
Falta pouco
A partir desta quarta (7), faltarão menos de oito meses para o primeiro turno da eleição que vai definir os próximos presidente e vice, além de governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Continua estranho
Até o sábado (10), a Mega-Sena realiza três sorteios de Carnaval. A Caixa espera distribuir mais de R$ 56 milhões. Até agora só um sorteio teve vencedor em 2018. Ninguém sabe a identidade dos vencedores.
Pensando bem…
…as críticas à regalia dos auxílios-moradia não são “ataques à Lava Jato”, como fazem parecer os beneficiados, mas ao escárnio mesmo.
Poder sem Pudor: Que satisfação!
Quase um ano depois da morte do chefe político nordestino Pedro Badoque, uma comissão de inquérito da ditadura sugeriu o confisco dos seus bens. Ministro da Justiça, Petrônio Portella temia uma injustiça contra a família do morto. Pediu provas. E um atestado de óbito. Dias depois, ele recebeu um ofício da Polícia Federal: “Senhor Ministro, temos a satisfação de encaminhar o laudo cadavérico do sr. Pedro Badoque” etc. Petrônio sapecou um despacho na parte de cima do papel:
– Que mórbida satisfação!