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Campanha será de 100 m rasos, não de resistência

O tucano Geraldo Alckmin precisa se atualizar para encarar a difícil campanha presidencial. Ao comentar pesquisa Datafolha, que o coloca em posição modesta (de 3º a 5º), recorreu ao velho chavão de pré-candidatos em má situação: “é muito cedo, a campanha será de resistência”. Não percebeu que não será “de resistência” e sim de “tiro curto”, tipo 100 metros rasos: apenas 37 dias de campanha eleitoral.

Ótica de retrovisor

Os institutos ainda fazem pesquisas de intenção de voto segundo regras e parâmetros que já não existem. Também serão surpreendidos.

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Será estonteante

A campanha será inovadora, rápida, estonteante, e marca o começo do fim do guia eleitoral. Mais do que nunca, redes sociais serão cruciais.

Gazua eleitoral

Antes, pesquisa com tamanha antecedência servia só para políticos anteciparem “doações” de empresas como Odebrecht, JBS etc etc.

Partidos mais fortes

Antes coadjuvantes, partidos serão protagonistas: poderão escolher os candidatos que terão acesso ao “fundão” público de R$1,7 bilhão.

Pregão triplica gasto no ministério de Meirelles

Na contramão da austeridade pilotada pelo ministro Henrique Meirelles, o Ministério da Fazenda promove uma licitação que triplica o valor de contrato de manutenção de seus prédios, incluindo de elevadores, ar condicionado, informática etc. O contrato, que custou R$8 milhões em 2017, passará a R$28 milhões, segundo a proposta vencedora de uma empresa que até já foi declarada inidônea pelo próprio governo federal.

Folha corrida

Citada na Lava Jato e no caso do Metrô de São Paulo, a empresa MPE Engenharia e Serviços não foi localizada para se pronunciar.

Drible no impedimento

Para driblar a declaração de inidoneidade, a MPE foi desmembrada em outras, com CNPJs diferentes, liberando-a de participar de licitações.

Ainda não acabou

O ministério informou que a licitação ainda não foi finalizada. Ninguém na empresa MPE atendeu aos insistentes telefonemas da coluna.

O rei está pelado

A pesquisa Datafolha deixou o ex-presidente Lula com as calças na mão, como se costuma dizer: sua prisão, após condenação por corrupção e lavagem, é desejada por cerca de 82% da população.

Uma semana de agrado

Está saindo barato para Lula, que ganhou uma semana de liberdade com a demora na publicação do acórdão do julgamento do TRF-4, que aumentou sua pena para 12 anos e 1 mês.

Liga lá, Huck

Silvio Santos tem dito a amigos que adoraria aconselhar Luciano Huck a resistir à tentação de disputar a eleição presidencial. Sílvio viveu idêntica situação, mas foi salvo pelo próprio bom senso.

Força na rede

Os resultados da enquete do portal Diário do Poder contrastam com os dados do Datafolha, principalmente em relação ao desempenho do senador Álvaro Dias (Pode). Na pesquisa, ele tem 3%, no online 14%.

Admissão de fracasso

Fica melhor na boca do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) a afirmação de que “o sistema de segurança pública no País está falido”. Dita pelo ministro da Defesa, a frase soa como admissão de fracasso.

Casa da sogra

Com quatro imóveis que o juiz Sérgio Moro mandou a leilão, José Dirceu pode ter que recorrer à casa da paciente sogra, em Brasília, para onde foi tão logo deixou a prisão. Vizinhos preparam as panelas.

Qualidade ou burocracia

O governo anunciou a obrigatoriedade do certificado do Inmetro nos projetos de infraestrutura do programa Avançar Parcerias. A dúvida é se de fato vai aumentar a qualidade de projetos… ou só a burocracia.

Menos celulares

A Anatel registrou redução de 3,11% no número de linhas de celular em 2017. Apesar da queda, ainda são 236,5 milhões de telefones móveis para 208,5 milhões de brasileiros, segundo o IBGE.

Pensando bem…

… a julgar pelo reiterado desrespeito do PT e de Lula à Justiça, os 51% que não acreditam na prisão do ex-presidente devem se surpreender em breve.

Poder sem Pudor: demissão na marra

Artur Bernardes assumiu o governo de Minas Gerais e começou a demitir os adversários. Mas quis ser gentil no caso da Imprensa Oficial, solicitando a um amigo que procurasse o diretor, Augusto Lima, seu oponente.

– Vou direto ao ponto, dr. Augusto – disse o amigo comum, cumprindo a tarefa – o governador mandou sugerir que o senhor peça demissão.

– Alto lá! Ao adversário nada peço. Nem demissão.

Foi demitido no dia seguinte.

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