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O inferno é aqui

O Rio Grande do Norte só oficializa o que a gente já sabia. O Brasil vive como lá um estado de calamidade pública na educação, na saúde e, claro, na segurança. Natal, mesmo com as Forças Armadas nas ruas, está de ponta-cabeça, uma cidade linda, de praias paradisíacas e mar azul claro, completamente vazias.

Com a falta de segurança, foram embora também os turistas, que rendem milhões para a economia da cidade e do Estado. Multiplique isto pelo território continente do nosso lindo país (o mais bonito do mundo) e imagine se tivéssemos, como é de nossa história e índole, um lugar seguro e feliz, como o brasileiro um dia foi.

Veja como esta roubalheira política leva divisas do nosso cofre afastando quem quer vir pra cá, mas tem medo. Nosso sistema carcerário falido, misturado com um Código Penal ultrapassado e libertário, faz das cadeias fábrica de bandido, campo de treinamento do crime organizado, que é a indústria que mais cresce no mundo. Somos o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, fora outras drogas como o crack e por aí afora. Balas perdidas matam inocentes todo dia. Menores ou maiores, bandidos estão acima da lei matando, estuprando, roubando e abusando da impunidade. Perdemos o freio da lei. Estamos na banguela rumo à convulsão social de um estado corrupto que espalha desigualdade sob qualquer bandeira ideológica.

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Nossa democracia chama toda hora a Força Nacional,  o Exército, a Marinha e a Aeronáutica para defender ruas inseguras e casas abandonas à própria sorte por uma polícia mal paga ou que nem recebe salário há algum tempo. Crianças morrem de fome ou bala perdida. Velhos morrem por uma Previdência quebrada por culpa do Estado e que a conta chega agora pra todo mundo.

Bem, se o inferno existe, é bem parecido com o que vivemos por aqui. Para que a única saída não acabe sendo como naquela piada, o aeroporto, temos que começar a mudar já. Quem sabe, daqui há 50 anos, este país seja mais justo e seguro, como seu povo merece. Eu nem sei se acredito mais. Mas, como bom cidadão, não perco a esperança de ver governo para o povo e pelo povo.

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