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A relação possessiva

Para dizer que existe uma relação é necessário ter mais de uma pessoa, e quanto mais plena cada uma estiver, melhor a relação. Uma relação rica acontece quando cada um expõe o melhor de si e entrega ao outro, sem cobrança e regras. Minha primeira formação foi em Gestalt, uma linha da Psicologia, e o seu criador, Fritz Perls, tem uma frase que diz mais ou menos assim: “Eu não vim  ao mundo para viver  preso às suas expectativas e vice-versa. Se um dia nos encontrarmos, isso será lindo”.

Pensando assim, cabe perguntar: o que acontece com as relações? Por que elas têm se tornado possessivas? Como lidar com essas pessoas possessivas? Vejo que as pessoas ficam tentando mudar as outras, e aí está o erro: em acreditar que o problema é sempre o outro. Pode até ser, mas só é possível modificar você mesmo.

Aprender a separar sua energia da energia do outro é um exercício diário e possível. É necessário se diferenciar, procurar construir sua própria história e colocar o limite no outro.

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As relações possessivas começam e são reforçadas pelo próprio oprimido cada vez em que a vítima apoia as ações repressivas do outro, mesmo inconscientemente, acreditando que é um sinal de cuidado, carinho, proteção, autoridade e/ou hierarquia.

Cada aceite, sem contestação, só amplia a força agressiva e egocêntrica do opressor, além de diminuir  o seu campo de ação, do espaço criativo, da liberdade, que deve existir entre as pessoas. Cabe lembrar que a primeira lei da nossa Constituição se refere exatamente ao direito de ir e vir e deve ser inviolável.

As agressões caseiras e no trabalho têm aumentado muito. No campo profissional, o grande lema ainda tem sido “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Permitir ao outro definir seu caminho, o que vestir, comer, fazer e/ou até falar é dar ao outro o controle remoto da sua vida e carreira. O seu controle só funciona 100% com você no comando. Você precisa se tornar protagonista da sua história e fazer suas escolhas, responsabilizando-se por cada uma delas. Saber para onde quer ir é a primeira escolha para decidir como ir.

Aproveite o último mês do ano e tome para si a condução de sua vida. Escolha ser feliz!

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