Num momento em que a discussão sobre gênero virou pauta nacional – e um desafio para pais e educadores –, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) resolveu dar sua contribuição no debate. Divulgou uma cartilha para orientar os médicos que atendem crianças sobre o que é definido como disforia de gênero. De acordo com a entidade, pessoas cujas identidades de gênero não correspondem com aquelas designadas no nascimento são nomeadas transgêneras ou transexuais. São oito os sinais de transgeneridade nas crianças, segundo os critérios da SBP.
- Forte desejo de pertencer ao outro gênero ou insistência de que e gênero é o outro.
- Em meninos, uma forte preferência por crossdressing (travestismo) ou simulação de trajes femininos. Em meninas, uma forte preferência por vestir somente roupas masculinas típicas e uma forte resistência a vestir roupas femininas típicas.
- Forte preferência por papéis de outro gênero em brincadeiras de faz de conta ou de fantasias.
- Forte preferência por brinquedos, jogos ou atividades tipicamente usados ou preferidos por outro gênero.
- Forte preferência por brincar com pares do outro gênero.
- Em meninos, forte rejeição a brinquedos, jogos ou atividades tipicamente masculinas e repúdio a brincadeiras agressivas e competitivas. Em meninas, forte rejeição a brinquedos e jogos atividades tipicamente femininas.
- Forte desgosto com a própria anatomia sexual.
- Desejo intenso por características sexuais primárias e ou secundárias compatíveis com o gênero oposto.