Ah sim, eu estou muito preocupado com a ausência de Geromel. Vai fazer falta. O sistema defensivo torna-se mais vulnerável sem ele, independentemente do substituto. Geromel é um baita zagueiro. Tem uma silenciosa liderança lá atrás. Impõe-se ao seu estilo e combina muito bem com Kannemann. Este, um resolvedor de problemas sem muita conversa! Admiro o argentino que só não está na seleção de seus país sabe-se lá por quê. Ele terá que ajudar seu companheiro de zaga esta noite.
Então, a ausência de Geromel é uma encrenca, mas não a ponto de tirar o sono e reverter o quadro. O Grêmio é mais time e tem vantagem contra o Cruzeiro. Aliás, vantagens: joga por qualquer empate e um simples gol no Mineirão criará enormes problemas ao adversário. Há algo inquestionável neste confronto. O Grêmio estará vivo até o final da partida. Talvez, o Cruzeiro não.
Renato amadureceu desde a passagem anterior pelo clube, já arrebatou uma Copa do Brasil e está pronto para voar mais alto. Sabe que o Grêmio não pode mudar sua forma de atuar. É preciso ter cautela, mas não falta de coragem. Repito que a vantagem gremista é enorme e, penso, intransponível. A possibilidade dos pênaltis me desconforta. O Grêmio tem desperdiçado demais ao longo da temporada. Mas, embora possível, não chega a ser provável. Difícil imaginar o time de Renato saindo do Mineirão sem marcar ao menos um gol.
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Tenho convicção na classificação gremista. Mas será preciso confirmar essa superioridade dentro de campo. O jornalista pode pensar e externar esta opinião. O Grêmio precisa saber que a parada é complicada.
Inter ajustado – Discutimos ontem, em Os Donos da Bola, na TV Bandeirantes, o processo de crescimento do Inter na Série B. São vários fatores, mas as mudanças na equipe foram bem importantes. Winck na direita; Klaus na zaga central. Damião como homem de referência, ajudando na marcação da saída de bola adversária pesa também nesta retomada. Além disso, chama muito a marcação abrindo espaço aos companheiros. E, principalmente, Eduardo Sasha. Sua afirmação na esquerda e a capacidade de composição foram decisivos na montagem do time de Guto Ferreira. E como futebol é repetição e sequência, agora o Inter tem um esquema e time definidos.
Mas não se iludam os colorados, esse time não é assim tão espetacular. Atingiu um saudável equilíbrio. O Inter é aplicado. Todos marcam, todos querem jogar. Um time envolvido. O craque, se precisar dar cobertura na lateral esquerda, estará lá. D’Alessandro é um campeão da América que mostra, na segunda divisão, a mesma dedicação de jogo de Libertadores. E isso é contagiante. Há outros exemplos. Hoje, com as vitórias que significaram tranquilidade no ambiente, o Inter precisa apenas dar continuidade a este estilo. Sem, jamais, subestimar a competição ou os concorrentes. Dessa forma é que o caminho de retorno à série A estará bem pavimentado.