Tudo, na verdade, tem limite e parece que estas pessoas, que se isolam em Brasília, fazem dela não a capital do Brasil, mas talvez, digamos, de Marte ou em alguns casos, de morte.
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Não é possível num país onde há quatro milhões de pessoas abaixo da linha da miséria (quase quatorze milhões de desempregados) e aposentados morrendo de fome, alguém sugerir um corte de dez reais do salário de quem sobrevive com ele. Bem, na verdade nem isso: foi feito um estudo que comprova que com menos de três mil e trezentos reais uma família com quatro pessoas não consegue nem sobreviver.
Isso é brincar com a nossa democracia doente, tanto quanto o povo que procura um sistema público de saúde sem leito, sem remédio, sem vergonha na cara. Pensar assim só é possível numa engenharia econômica de extermínio de massa. Isso mesmo, para reduzir o problema, deixa o povo morrer de fome!
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Por que não pensam em diminuir um governo inchado de políticos que, em sua maioria, não fazem nada? Quando não roubam muito, acobertam muito os que estão metendo a mão no dinheiro do povo.
Nunca foi tão verdade que ser brasileiro é sofrer no paraíso. Paraíso mesmo seria um Congresso com menos da metade dos quinhentos e treze deputados que custam, por ano, no nosso bolso, um bilhão e duzentos milhões de reais.
Não falam nem em cortar essa gente numa reforma política decente, nem diminuir o número dos seus assessores e, principalmente, reduzir seus salários. Isso sem falar em Câmara de vereadores e Assembleias estaduais.
O lema dos políticos é “o grande pela própria natureza deles mesmos”. O Brasil só será o Brasil de verdade quando tiver o povo representado, de fato, no poder por gente tão honesta quanto ele. Que acorda cedo como você, trabalha muito como você, volta tarde pra casa como você, sem segurança e sem respeito, assim como você. E quando pensam em você, pensam em menos dez. Poderiam, na verdade, pensar em mais dez mandamentos: não roubar, não corromper, não ser corrompido, não prevaricar, não usar mal o dinheiro público, não usar o nome do Povo em vão, não ter carne fraca, não voar em jatinhos da FAB em vão, não ter foro privilegiado e não cumprir prisão domiciliar em mansão.