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O jogo requer estratégia e tranquilidade

Não se desespere, Grêmio! Esqueça a história da obrigação de alcançar uma vantagem grande, de praticamente definir o confronto aqui em Porto Alegre, esta noite, na Arena. Claro, seria ótimo fazer 2 a 0 e encaminhar presença na grande final, contra o vencedor de Botafogo e Flamengo – imprevisível este outro jogo, aliás. O placar de 1 a 0 já seria interessante. Mais do que tudo, o time de Renato precisa de estratégia para passar por este bom time de Mano Menezes. Explico a seguir.

Por que defendo calma e nada de ansiedade? Pela simples razão de que o Grêmio é mais time. Não pode colocar o relógio como adversário. Deve considerar que joga a primeira partida em casa. Mas isso não é definitivo. Por ser mais time, o Grêmio tem mais possibilidade de se sair melhor que seu adversário. E pode chegar à vaga somente no segundo jogo, semana que vem, em Belo Horizonte. Mano Menezes sabe desta enorme vontade gremista de definir tudo hoje. Vai armar seu time pensando nisso. E, principalmente, a forma do Cruzeiro atuar.

Os dois times melhoraram em relação ao duelo do ano passado. O Cruzeiro evoluiu, agregou qualidade, vive um outro momento. Ainda tem suas instabilidades. O sistema defensivo falha. Mas chega bem na frente, tem velocidade para atacar. É, sim, um inimigo perigoso.

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O Grêmio também melhorou. Hoje está mais cascudo. Tem mais tamanho. Deixou de ser surpresa. Entra em campo com o status de atual campeão da Copa do Brasil. Perdeu Wallace. Perdeu Douglas, cuja recuperação está chegando ao fim. Mas ganhou coletivamente. Tem time, tem banco de reservas. Hoje, é apontado como um dos melhores times do futebol sul-americano. Isso o faz ser respeitado. Precisará, no entanto, confirmar que é melhor que o Cruzeiro dentro de campo, nestes dois jogos. E já digo: não vai ser nada fácil. Por isso que recomendo tanto a estratégia adequada, inteligência, tranquilidade. Ah, e pênaltis. Treine pênaltis, Renato. O aproveitamento gremista na temporada é comprometedor.

Luan – Entendo que ele tenha receio de jogar no futebol russo. Compreensível para quem quer ter novas oportunidades na Seleção, às vésperas de uma Copa do Mundo. Mas Luan também precisa compreender seu momento. Está com 24 anos. Na real, a fase de transferências até já teria amadurecido, logo depois das Olimpíadas. Portanto, tentar jogar na Inglaterra ou na Itália é inteligente. Mas abrir mão totalmente desta transferência seria desperdiçar dinheiro. Vale para o clube e para ele, jogador. Nem sempre conseguimos atingir todos objetivos. É preciso capacidade de adaptação, ainda que futuras convocações sejam colocadas em risco. Luan terá de decidir o que é mais importante para ele. O mais comum é a escolha pelo lado financeiro. Ficaria surpreso se ele fosse na direção contrária.

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