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Sense8 deveria ser considerada tão revolucionária quanto Matrix

Desde “Matrix”, as irmãs Wachowski não faziam tanto barulho com uma produção quanto fizeram com “Sense8”, série original da Netflix cancelada após a liberação de sua segunda temporada. Pesaram contra o projeto o orçamento altíssimo, US$ 9 milhões para cada novo episódio, com filmagens acontecendo em 13 países diferentes.

Mas o que faz dela um marco é o fato de nunca antes uma produção ter se arriscado a mostrar diversidade étnica e sexual de uma forma tão sincera e ampla. Se “Matrix” introduziu tecnologias nunca antes vistas, “Sense8” inseriu na indústria audiovisual tipos de existências humanas, de pontos de vista e de narrativas que até então eram tratados como inexistentes.

A série girava em torno de oito protagonistas, cada um oriundo de um lugar diferente. A relação entre os personagens trouxe a diversidade cultural necessária para ser coerente com a proposta de justamente mostrar a pluralidade humana em paralelo a um vínculo que une a todos.

A indústria audiovisual frequentemente falha ao tentar reproduzir culturas que se afastem muito do padrão ocidental. “Sense8” teve a delicadeza de exibir cada um dos seus personagens dentro de sua cultura, em uma trama sem superioridade gerada pela geografia, igualando cidadãos dos variados países.

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