Ideologias distintas são naturais em uma sociedade, e podem ser usadas para boas e más ações. Uma das atitudes maléficas ocorre quando se ataca a economia com o intuito de influenciar um resultado eleitoral. Desde a redemocratização, esta retórica se repete nas eleições presidenciais brasileiras, não sendo diferente este ano, transformando-se um período de baixo crescimento em uma “referência” de economia destroçada e em perigo. Qualquer política econômica deve ser discutida por meio de propostas e debates, porém, a tentativa de desestruturação como um fim não prejudica somente o partido que está no poder, mas a economia atual e futura, uma vez que coloca o empresariado arredio ao investimento, tornando-o incapaz de enxergar as oportunidades existentes.
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A democracia dá aos descontentes o direito de tentar mudar os governantes, mas não de sabotar a economia. O sétimo maior PIB do mundo não pode ser pejorativamente chamado de “pibinho” por parte da imprensa, empresários e economistas do mercado financeiro.
No momento, diversos projetos de infraestrutura aeroportuária, rodoviária, ferroviária e energia, ou de bens de consumo duráveis e agropecuários, fundamentais para o país, são apresentados aos investidores do capital privado, mas por conta do clima de pessimismo, estão sendo desprezados por parcela do empresariado local.
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Avessos às picuinhas e irracionalidades da política brasileira e sabedores do potencial econômico do país e da lucratividade destes empreendimentos, independentemente do presidente eleito, os empresários estrangeiros assumem a liderança neste processo, aceitando os riscos e direcionando recursos da ordem de US$ 260 bilhões desde 2011 (de 1995 a 2002 foram US$163 bilhões, e de 2003 a 2010, US$182 bilhões). Semana passada, o presidente interino da Fiesp, Benjamin Steinbruch, disse que “somente louco investe no Brasil”. Pelo visto, haverá necessidade de muitos manicômios no exterior para receber tantos empresários de visão.
Douglas Chamon é mestre em Economia, consultor de empresas e parceiro técnico do Instituto Euvaldo Lodi – Findes e Tecvitória