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‘Onde foi parar meu dinheiro?’

bruno-caetanoO sujeito levanta cedo todos os dias, encara uma jornada exaustiva, praticamente abre mão da vida pessoal, se estressa, batalha, dá o sangue. Então tem aquela constatação desanimadora: “Trabalho, trabalho e não vejo a cor do dinheiro…”. Que algo está errado na rotina desse empresário não há dúvida. E a explicação para a “invisibilidade monetária” pode estar na falta de controle das finanças.

Por improvável que pareça, é comum encontrarmos donos de negócios que simplesmente não sabem direito quanto dinheiro entra ou sai do caixa. Não há um acompanhamento atento do fluxo e os números ganham um ar nebuloso, situação perigosa para a saúde do empreendimento.

Para sair dessa cilada, vamos ao básico: o empresário deve registrar toda a movimentação financeira. O valor – inclusive centavos – de cada pagamento (impostos, salários, contas como água, luz, etc.) e de cada venda tem de constar nos apontamentos.

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A partir daí, ele elabora um relatório ou resumo diário que permita entender o movimento do caixa. Dessa forma, é possível fazer fechamentos semanais, mensais e anuais. Tornam-se viáveis então as análises comparativas, em que podemos confrontar, por exemplo, um mês com outro ou com igual período do ano anterior e visualizar como o negócio evolui.

Além do mais, a prática oferece condições de prever o comportamento do dinheiro e das finanças da empresa. Ou seja, abre-se uma janela para saber como deverão estar as vendas, compras, gastos com estrutura e despesas futuras e ainda planejar investimentos.

O empresário passa também a enxergar o dinheiro que ainda vai chegar. Sim, porque os recursos podem não estar no caixa hoje, mas entrarão amanhã, na semana que vem, no mês que vem, resultados de vendas a prazo.

A maneira prática para se fazer isso depende do momento que a empresa vive. Pode começar com anotações em um caderno (caso do Microempreendedor Individual), passando para o uso de planilhas até chegar a softwares ou sistemas integrados.

Esse exercício exige disciplina e dá trabalho, mas o resultado é a boa gestão dos recursos e o fim do “dinheiro invisível”.

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