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O garoto e o goleiro

Um abraço, amigos! No futebol, existem muitas injustiças. E, quando falamos de Seleção Brasileira, é fácil lembrarmos de várias. Se apertarmos o cerco e nos restringimos aos jogadores que atuam nos clubes mineiros, as injustiças ou aberrações são mais fortes. O caso mais recente é o do goleiro do Cruzeiro, Fábio. Dirceu Lopes uma vez me disse: “Quem joga em Minas tem que fazer mais do que os outros”. Ainda bem que temos, nesse contexto, garotos como o Lucas Cândido, que mostram um futebol de gente grande. Assim, eles atenuam esse quadro e alegram o torcedor.

Lembro que Marques, ex-jogador do Atlético, foi injustiçado pela Seleção. Jogava demais e teve poucas chances com a amarelinha. Talvez, na época, a solução não fosse fácil, mas era só ele ter se naturalizado holandês que ficava tudo bem. Com essa onda de naturalização, ele seria venerado na Holanda e conhecido como o pai do Robben, do Bayern de Munique. A careca e a habilidade são parecidas. Já pensou? Robben Batista de Abreu!

Com relação ao goleiro Fábio, é uma covardia o que fazem com ele. Não sei se o antigo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, eternizou um decreto proibindo a convocação dele. Só pode, pois não tem explicação! Na verdade tem: uma bobagem dita por Carlos Alberto Parreira. O coordenador técnico disse que goleiro é “cargo de confiança”. Fica a pergunta: e qual posição não é? Se for assim, a mãe ou o pai do treinador são os mais indicados para assumirem a titularidade no gol. Sempre achei que o correto era convocar os melhores e pronto. Porém, existe uma solução. Fábio deve conversar com Sorín e solicitar que ele o ajude em sua naturalização como argentino. Há um bom tempo os gringos não tem um grande goleiro e, quem sabe, valorizem o Fábio. Afinal, a Copa está aí e tem tempo para isso.

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Já Lucas Cândido, do Atlético, é a bola da vez. Neste domingo, mais uma vez, mostrou bom futebol e, de quebra, fez um golaço. Vida longa ao garoto, futuro titular do Atlético, e sucesso para todos os meninos dos nossos clubes! Por fim, ainda bem que gordura só é boa na picanha e no Brasileirão. Nos últimos quatro jogos, o Cruzeiro perdeu três e continua tranquilo na liderança por ter acumulado gordura, ou melhor, pontos. Mas que voltem as vitórias. Valeu!

Junior Brasil é comentarista esportivo da rádio Itatiaia e da TV Band Minas, professor universitário, mestre em administração e cobriu a Copa do Mundo da África.

 

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