Ciência e Tecnologia

Astrônomos decifram a “zona terminator”, uma região do Universo para encontrar vida extraterrestre

As possibilidades se ampliam com a descoberta da "zona terminator" em regiões da Via Láctea e de outras galáxias.

Naves extraterrestres
Naves extraterrestres

A vida em outro planeta tem que existir. As probabilidades são imensas, embora ainda não haja provas que o certifiquem. A ciência sabe disso e por isso não para de procurar por um exoplaneta onde possa existir uma civilização de extraterrestres esperando ser contatada.

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Um novo estudo científico conseguiu ampliar o alcance da busca do Universo ao decifrar algo que chamam de “zona terminator”. Esta é uma região do cosmos onde se sabe que existem estrelas e exoplanetas, mas que por diferentes características haviam deixado de observar.

A nova pesquisa descobriu que estávamos errados e que devemos direcionar novamente os holofotes para essas regiões, pois é possível que encontremos um mundo onde a vida se desenvolva da maneira como a conhecemos.

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Qual é o argumento para procurar vida na "zona terminator"? O estudo é realizado por uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI). As especialistas afirmam que as estrelas anãs vermelhas, que representam 70% dos astros na Via Láctea, têm muitos planetas satélites, assim como a Lua está próxima da Terra.

Isso significa que esses mundos, embora girem em torno de seu próprio eixo, sempre têm um lado voltado para o sol e o outro para a escuridão da noite.

Estes exoplanetas estão a uma distância próxima de sua estrela, o que à primeira vista nos faz pensar que recebem muito calor. No entanto, como esse tipo de astros costuma emitir menos calor do que nossa estrela massiva, então poderíamos considerar que estão naquilo que chamam de "zona habitável".

Zona terminator extraterrestres, modelo de la UCI
Terminator Zone, UCI model

Como é chamada então a “zona terminator”?

Chamam-lhe "zona terminator" a essa zona divisória ou linha crepuscular onde o dia e a noite se separam. Nessa zona específica, poderia existir uma brecha onde a vida poderia ser possível.

A autora deste estudo, Ana Lobo, pesquisadora pós-doutorada no Departamento de Física e Astronomia da UCI, afirma que é precisamente nesse ponto médio que podem desenvolver-se condições para a vida tal como a conhecemos.

"Estamos tentando chamar a atenção para planetas com maior escassez de água, que apesar de não possuírem oceanos muito extensos, poderiam ter lagos ou outras massas menores de água líquida, e esses climas poderiam ser realmente muito promissores", disse Lobo, de acordo com o site oficial da UCI.

O portal da instituição de ensino informa que uma chave para a descoberta foi identificar exatamente que tipo de planeta da zona terminator pode reter água líquida. Se o planeta estiver coberto principalmente por água, então a água que enfrenta a estrela, como descobriu a equipe, provavelmente evaporaria e cobriria todo o planeta com uma espessa camada de vapor.

“Ana demonstrou que se houver muita terra no planeta, o cenário que chamamos de ‘habitabilidade do terminator’ pode existir muito mais facilmente. Esses novos e exóticos estados de habitabilidade que nossa equipe está descobrindo já não são mais assunto de ficção científica; Ana fez o trabalho para mostrar que tais estados podem ser climaticamente estáveis”, disse a colega da autora, Aomawa Shields, professora associada de física e astronomia da UCI.

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