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Nascer pobre, negra e mulher é muito difícil, diz Elza Soares

Em homenagem ao Dia das Mulheres, comemorado nesta quinta-feira, dia 8, o apresentador José Luiz Datena convidou Elza Soares para participar do programa 90 Minutos, da Rádio Bandeirantes.

Na entrevista, a cantora decidiu abrir o baú e contar as histórias sobre a sua juventude difícil e o início da sua carreira. «Nascer pobre, negra e mulher é muito difícil. É uma dificuldade muito grande tentar garantir um futuro melhor, é preciso ter muita garra, força de vontade e querer muito pela vida», afirmou.

Relembrando a perda de seus dois filhos e do seu ex-marido, a artista disse que usa a sua história para inspirar seus admiradores. «Hoje eu faço trabalhos falando sobre as minhas dificuldades para que outras mulheres, negras como eu, tenham vontade de viver e ganhar esse caminho de felicidade na vida», contou.

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Ela ainda ressaltou que tomou a decisão de ingressar no mundo artístico para que pudesse ajudar a sua família. «Eu precisava de dinheiro para cuidar deles, então me inscrevi para o programa de calouros do Ary Barroso. E foi ali, na Rádio Tupi, que surgiu a ideia e a primeira oportunidade da vida artística. Eu não havia gravado nada ainda, então eu cantei Lama. Essa era a música do momento e era romântica, bonita. E por conta dessa apresentação, eu ganhei nota cinco, que era o maior prêmio do programa», disse a estrela.

Para finalizar, ela revelou o segredo para cuidar da sua voz aos 80 anos de idade: «Eu não bebo, não fumo e fico em casa com a minha família. Sou uma pessoa muito cuidadosa para agradecer por esse presente que Deus me deu, que é a minha voz. Tenho que zelar muito por isso, procuro não maltratá-la. Sinto que ela ficou mais forte com o tempo».

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