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PF investiga seita religiosa que ‘escravizava’ fiéis; ao menos 13 foram presos

Arquivo/Agência Brasil

Pelo menos 13 pessoas foram presas pela Polícia Federal por envolvimento com a seita religiosa «Comunidade Evangélica, Jesus a Verdade que Marca», suspeita de manter fiéis em situação análoga à escravidão.

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Nove pessoas ainda estão foragidas, entre elas o Pastor Cícero, apontado como líder do grupo. As equipes da PF estão realizando a ação em Minas Gerais, São Paulo e Bahia.

A seita é investigada desde 2011, mas os crimes continuaram a ser praticados mesmo depois de outras duas operações, uma delas com a prisão de cinco líderes do grupo.

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Entre os crimes investigados estão também tráfico de pessoas, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Segundo a Polícia Federal, os fiéis eram atraídos para propriedades rurais em Minas e na Bahia com a promessa de proteção contra o dia do Apocalipse. Foram expedidos 42 mandados de busca e apreensão, 22 de prisão preventiva e 17 de interdição de estabelecimento comercial.

Histórico

A Operação Canaã teve origem em 2013, quando ocorreu o resgate de 348 trabalhadores na União Agropecuária Novo Horizonte S.A. e em empresas urbanas. O relatório dessa ação fiscal gerou uma ação penal do Ministério Público Federal (MPF), que determinou o retorno dos auditores-fiscais e dos agentes da PF aos locais investigados para averiguar a situação atual.

Na Polícia Federal, a investigação teve início quando a seita estava migrando de São Paulo para Minas Gerais. Em 2015, foi desencadeada sua segunda fase: “De volta para Canaã”, quando foram presos temporariamente cinco dos líderes da seita.

A deflagração desta terça-feira representa a terceira fase da operação, com a prisão preventiva de 22 líderes da seita que, segundo a Polícia Federal,  poderão cumprir até 42 anos de prisão, se condenados. O líder da seita, conhecido como Pastor Cícero, está foragido.

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