O suposto pai de santo Uzêda, que roubou a cena da convenção do PMDB em Brasília ao subir no palco e «benzer» o presidente Michel Temer, disse que fizeram uma «macumba» contra o peemedebista.
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«Fizeram um trabalho de vodu, por isso que ele teve a doença. O trabalho que fizeram contra o doutor Michel era para ele morrer no hospital», disse ele nesta terça-feira, 19. Em outro momento, Pai Uzêda disse que veio «benzer o presidente porque o PT fez macumba contra ele».
Na semana passada, Temer passou por um novo procedimento cirúrgico. Nesta terça, o presidente chegou a cancelar a participação na convenção, o que aumentou as especulações sobre o estado de saúde do peemedebista.
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Quando assessores do presidente viram o pai de santo no palco com Temer, ficaram assustados e pediram para que o homem fosse retirado do local. Temer, um pouco constrangido, sorriu e chegou abrir os braços para receber o «passe».
Vestido de branco e segurando ramos de uma planta chamada guiné, «usada contra morte e doença», o pai de santo disse que esteve no Palácio do Jaburu e no gabinete de Temer no Palácio do Planalto e que foram encontrados «quatro bonecos» de vodu contra o presidente.
«Eu fui defumar, benzer, tirar tudo. Era uma urucubaca brava ali», contou. Bastante agitado, ora dizia ter sido contratado por «dona Marcela» ora pelo PMDB. Questionado há quanto tempo conhecia a primeira-dama, disse apenas que ela era «linda, maravilhosa».
«Jogaram pesado contra o presidente. Muita macumba contra ele, contra (o presidente da Câmara) Rodrigo Maia e contra toda a cúpula do PMDB, o assunto é sério», afirmou.
O pai de santo, que diz ser da «umbanda da linha branca», usava um crachá de «convidado» da convenção. O PMDB negou que tenha contratado os serviços do pai de santo.
Dilma
Essa não é a primeira vez que Pai Uzêda vira notícia em Brasília Em março de 2015, o pai de santo invadiu o Palácio do Planalto para, segundo ele, tentar alertar a então presidente Dilma Rousseff em relação a Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Nove meses depois, o então presidente da Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment, o que levou à saída da petista da Presidência.
Pai Uzêda também costuma circular pelo Congresso Nacional e já foi candidato a deputado federal e a vereador no Rio pelo PP.