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Tribunal pode reverter hoje decisão da Alerj que soltou Picciani

A Seção Criminal do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) se reúne nesta terça-feira para discutir o processo referente à operação Cadeia Velha, que investiga a formação de um cartel na Alerj (Assembleia Legislativa) para beneficiar empresários de ônibus do Rio de Janeiro.

Na sessão de sexta-feira, deputados revogaram a prisão do presidente da Casa, Jorge Picciani, de Edson Albertassi e de Paulo Melo, todos do PMDB, e permitiram a volta deles às funções. A decisão, do dia anterior, do TRF2, decretou as prisões preventivas, mas deu à Casa a prerrogativa para mantê-las ou não.
O MPF (Ministério Público Federal) já demonstrou interesse em pedir o afastamento dos réus até o fim das investigações, já que esse item não devia ter sido discutido na sessão. Picciani e Albertassi anunciaram o licenciamento. Já Paulo Melo deve definir isso hoje.
O MP estadual entrou com um mandado de segurança para anular a sessão de sexta-feira. Os promotores alegam que as galerias não foram abertas ao público, como determinou uma decisão judicial no mesmo dia.
O deputado Wagner Montes (PRB), que comandou a sessão e assume a presidência da Alerj durante a licença de Picciani, afirmou que vai apurar os fatos. Ontem, a Alerj emitiu nota negando que o público tenha sido barrado.
A Associação dos Magistrados Brasileiros também quer reverter a sessão da Alerj e vai protocolar uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Picciani alegou que o pedido de licença foi feito para que pudesse se dedicar à defesa dele e do filho, o empresário Felipe Picciani, preso há quase uma semana. Ele mantém os benefícios de parlamentar, como o foro privilegiado, mas não vai receber salário. Albertassi, por sua vez, informou que irá se desligar da Comissão de Constituição e Justiça, que preside.

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