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Aécio Neves destitui Tasso Jereissati da presidência do PSDB

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) destituiu nesta quinta-feira (9) o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) da presidência interina do PSDB. Segundo nota divulgada pelo senador, o motivo é a «desejável isonomia» entre os candidatos que disputarão o comando da sigla em dezembro.

A candidatura de Jereissati foi oficializada nesta quarta. Ele deve ter como adversário na disputa o governador Marconi Perillo (PSDB-GO), que tem o apoio do grupo ligado a Aécio.

Até a disputa, o partido será presidido de forma interina pelo ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que é o mais velho entre os vice-presidentes da sigla.

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Decisão legítima

O presidente licenciado do PSDB, Aécio afirmou que a sua decisão de destituir Tasso do comando interino da sigla foi «absolutamente legítima», «natural» e «necessária» para garantir a isonomia da eleição da nova Executiva, marcada para o dia 9 de dezembro. Nesta quinta-feira, ele indicou para o cargo o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, que é o mais velho entre os vice-presidentes da sigla.

«Nos meus quase 30 anos de militância no PSDB sempre agi pela unidade do partido, isso é incontestável, e sempre com enorme responsabilidade. A mesma responsabilidade que me fez indicar o senador Tasso Jereissati para cumprir adequadamente essa interinidade, como ele cumpriu, me fez, agora, nomear o ex-governador Alberto Goldman», defendeu Aécio à jornalistas.

A decisão do senador mineiro ocorre um dia após Jereissati oficializar que vai disputar a presidência do PSDB. Segundo Aécio, a candidatura do cearense é «legítima», mas, como há outro candidato na disputa, o governador Marconi Perillo (GO), é «natural que seja garantida a isonomia na disputa».

Além disso, ele afirmou que quer o debate sobre a presidência do PSDB se dê «em alto nível», porém sem tirar o foco das reformas estruturais defendidas pelo presidente Michel Temer. «É preciso discutir aquilo que interessa ao País. Me preocupa o PSDB sair da agenda ou da vanguarda das grandes reformas que precisam ocorrer para se limitar a uma disputa interna», declarou.

Enquanto o grupo de Aécio defende a permanência da sigla na base do governo, o grupo de Jereissati quer o desembarque até o final do ano. Em conversas reservadas, esta semana, o presidente licenciado do PSDB avaliou que os parlamentares contrários ao governo Temer, os chamados «cabeças pretas», também querem inviabilizar as reformas da atual gestão, como a da Previdência

Aécio reforçou que tomou a decisão com «absoluta serenidade» e que consultou vários setores do partido. «Temos dois grandes nomes disputando a presidência, e agora Goldman conduzirá esse pleito com a isenção necessária.»

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