Brasil

Temer irá exonerar 12 ministros para votar a denúncia

beto barata/pr

O presidente Michel Temer (PMDB) quer evitar surpresas na votação da denúncia de corrupção passiva na Câmara, marcada para amanhã, e vai autorizar 12 ministros que são deputados a reassumir o mandato.

ANÚNCIO

São eles: Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo); Bruno Araújo (Cidades); Maurício Quintella (Transportes); Osmar Terra (Desenvolvimento Social); Leonardo Picciani (Esporte); Raul Jungmann (Defesa); Mendonça Filho (Educação); Ronaldo Nogueira (Trabalho e Emprego); Ricardo Barros (Saúde); Fernando Coelho Filho (Minas e Energia); Sarney Filho (Meio Ambiente); e Marx Beltrão (Turismo).

O reforço visa facilitar atingir os 172 votos para arquivar  a autorização da Câmara para que o STF (Supremo Tribunal Federal) discuta a abertura de processo contra Temer.

Recomendados

O presidente é acusado de ser o destinatário final de R$ 500 mil entregues por um diretor da JBS numa mala ao ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures.

Quórum

Nos cálculos do Palácio do Planalto, a denúncia será arquivada com entre 220 e 280 votos. Temer fará duas novas investidas às vésperas da sessão: vai conversar pessoalmente com em torno de 40 indecisos e promoverá  um almoço hoje com a bancada ruralista, formada por 209 deputados.

A dificuldade será atingir o quórum de 342 dos 513 deputados presentes para abrir o processo de votação. A ‘tropa de choque’ de Temer vai exigir que os partidos aliados registrem presença para tentar conseguir sozinha atingir o número.

A oposição irá definir hoje a estratégia, mas a tendência é ir ao plenário entre 5 e 10 deputados apenas para participar dos discursos.

“Não é obrigação da oposição dar quórum para votar a denúncia. Podemos chegar aos 342 votos, é só uma questão de tempo”, acredita deputado Ivan Valente (PSOL-SP), favorável à obstrução para que a votação seja adiada.

O relatório do deputado Paulo Abi-Alckel (PSDB-MG), que pede arquivamento da denúncia e foi aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) será lido hoje no plenário, na primeira sessão após o recesso parlamentar.  

Tags

Últimas Notícias