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Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação, teria dito Aécio

Lula Marques/AGPT

A delação de Joesley Batista, dono da JBS, pode complicar ainda mais a situação do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, já investigado em diversos inquéritos da Operação Lava Jato.

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Segundo o jornal «O Globo», o empresário entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação que mostra o tucano pedindo R$ 2 milhões para pagar as despesas de sua defesa. O diálogo durou cerca de 30 minutos e ocorreu no Hotel Unique, em São Paulo.

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Ao aceitar o pedido de ajuda, Joesley perguntou quem seria o responsável por pegar as malas com dinheiro. «Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho», disse Aécio.

«Fred» seria Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador e ex-diretor da Cemig. O dinheiro foi entregue em quatro vezes de R$ 500 mil – uma delas foi filmada pela Polícia Federal. Segundo «O Globo», o dinheiro não foi usado para pagar advogados, mas sim repassado a um assessor parlamentar do senador Zeze Perrella, também do PSDB.

A rota dessa quantia foi acompanhada de perto pela PF. Aécio ainda não se manifestou sobre as novas suspeitas contra ele.

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