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Morre o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos em São Paulo

Márcio Thomaz Bastos, advogado e ex-ministro da Justiça, morreu no início da manhã desta quinta-feira. Ele estava internado desde a última terça no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratamento de uma fibrose pulmonar.

Bastos tinha 79 anos e era considerado um dos principais advogados criminalistas do país. Ele foi ministro da Justiça entre os anos de 2003 e 2007, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-ministro apresentava tosse e um pouco de fraqueza há cerca de um mês. Na semana passada, ao retornar de uma viagem a trabalho aos Estados Unidos, ele apresentou um quadro de embolia.

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Segundo a colunista da BandNews FM, Mônica Bergamo, nessa quarta-feira Márcio Thomaz Bastos chegou a se reunir, no quarto do hospital, com advogados da sua equipe envolvida na Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção da Petrobras. A morte foi confirmada pelo Hospital Sírio Libanês no início da manhã desta quinta.

Velório será na Alesp

O velório de Bastos será realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A cerimônia de despedida começará por volta das 15h. Ainda não há detalhes, no entanto, sobre o horário e local que o corpo do ex-ministro será enterrado.

 

Trajetória

Formado pela Faculdade de Direito da USP, Márcio Thomaz Bastos foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e também do Conselho Federal da entidade, de 1987 a 1989. Em 1990, após a eleição de Fernando Collor, integrou o governo paralelo instituído pelo PT e em 1992 participou da redação da petição que resultou no impeachment do então presidente.

Como advogado, Bastos atuou em casos emblemáticos: defendeu o ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado no julgamento do mensalão e recentemente trabalhou na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado por abusar sexualmente de 37 pacientes.

Márcio Thomaz Bastos também atuou na acusação dos assassinos de Chico Mendes e do jornalista Pimenta Neves.

Nelson Jr./SCO/STF

Nelson Jr./ SCO/STF

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