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Executivos investigados na Lava Jato podem ter esvaziado contas bancárias

Pelo menos seis investigados na Operação Lava Jato podem ter esvaziado as contas bancárias antes de a Justiça determinar o bloqueio do dinheiro. A determinação era direcionada a 16 pessoas e a retenção seria de R$ 20 milhões para cada uma delas.

Segundo ofício encaminhado pelo Banco Itaú à Justiça Federal, não havia valores a serem bloqueados nas contas do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como operador do PMDB no esquema da Petrobras; nem de Walmir Pinheiro Santana, da UTC Participações S.A.; e de Valdir Lima Carreiro, presidente da Iesa Óleo e Gás. As informações são do jornal O Globo.

Na conta de Ildefonso Colares Filho, ex-presidente da Queiroz Galvão, foram bloqueados somente R$ 4,6, de acordo com a publicação. Na conta de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, executivo da construtora OAS, havia R$ 6 mil e na de Sérgio Cunha Mendes, da Engevix, R$ 33 mil. Já da conta de Gerson Almada, sócio da Engevix, foram bloqueados mais de R$ 1 milhão.

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Também não havia saldo entre os que mantinham conta corrente no Banco Caixa Geral do Brasil. Dalton dos Santos Avancine, presidente da Camargo Corrêa, e João Ricardo Auler, presidente do conselho de administração da empreiteira, estavam com as contas zeradas.

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José Aldemario Pinheiro Filho, da OAS, tinha conta no mesmo banco, mas também não foram encontrados valores a serem retidos.

As duas instituições foram as primeiras a atender a determinação da Justiça Federal. Nesta semana, o Ministério Público Federal solicitou a colaboração de autoridades da Suiça para reter valores das contas do doleiro Alberto Youssef e do ex-presidente de Serviços da Petrobras Renato Duque.

O ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa teve R$ 23 milhões retidos nas contas que mantinha no exterior. Além dele, Pedro Barusco, gerente da Petrobras ligado à diretoria de Renato Duque negociou a devolução de 100 milhões de dólares.

Depoimentos

Permanecem presos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal no Paraná 13 investigados. Entre eles, Renato Duque, Fernando Baiano e executivos de empresas que têm contrato com a Petrobras.

Ainda não foram divulgados os depoimentos que serão colhidos nesta quinta-feira. O mais esperado é o de Fernando Baiano. Ele estava foragido desde a última sexta-feira, quando foi deflagrada a sétima fase da operação Lava Jato, e se entregou à políca na terça. O lobista seria ouvido nessa quarta-feira, mas o interrogatório acabou sendo adiando para sexta-feira.

Segundo as investigações, as empreiteiras são acusadas de formação de cartel. Os executivos combinavam quem participaria das licitações para executar as obras da estatal e concorriam aos processos com os valores máximos permitidos. Em troca da garantia dos contratos pagavam propina a diretores da Petrobras e pessoas ligadas a partidos políticos.

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