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Todos os presos da Operação Lava Jato devem prestar depoimento até terça-feira

Presos na operação Lava Jato chegam à sede da PF em Curitiba | Avener Prado/Folhapress

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A terceira fase de depoimentos dos presos da Operação Lava Jato começou às 9h da manhã desta segunda-feira. Estão detidas na carcegarem da superintendência da Polícia Federal do Paraná 23 pessoas – 17 em regime temporário (com prazo de cinco dias) e seis preventivos (sem prazo previsto para a liberação).

Entre os presos estão Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, e executivos de empreiteiras que têm contrato com a estatal (veja lista abaixo). Eles começaram a ser detidos na madrugada de sexta-feira, quando foi deflagrada a sétima fase da operação que investiga o esquema de corrupção.

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A assessoria da PF estima que todos os presos sejam ouvidos até terça-feira. Não há informações, no entanto, sobre quantos e quais prestarão depoimento nesta segunda.

Diretor da Toyo Setal, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, aceitou fazer o acordo de delação premiada. Em depoimento nesse fim de semana ele confessou que havia um «clube» de empreiteiras para ganhar as licitações da Petrobras. À Polícia Federal e ao Ministério público Federal (MPF), o executivo disse ter pago entre R$ 50 e R$ 60 milhões em propina a Renato Duque.

Advogados de defesa de 11 investigados da Lava Jato solicitaram habbeas corpus à Justiça no fim de semana. Até a manhã desta segunda, no entanto, todos os pedidos haviam sido negados pela desembargadora Maria de Fátima Freitas Laberrére, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre.

Foragidos

Fernando Soares, doleiro conhecido como Fernando Baiano que teria a mesma função de Alberto Youssef no esquema, continua foragido. Além dele, Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) também não foi localizado pela Polícia Federal.

A Lava Jato foi deflagrada em março deste ano. Segundo as investigações, cerca de R$ 10 bilhões foram desviados da Petrobras.

Mandados de prisão preventiva

Eduardo Hermelino Leite – vice-presidente da Camargo Correa

José Ricardo Nogueira Breghirolli – funcionário da OAS

Agenor Franklin Magalhães Medeiros – diretor-presidente internacional da OAS

Sérgio Cunha Mendes – diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior

Gerson de Mello Almada – vice-presidente da Engevix

Erton Medeiros Fonseca – diretor presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia

Mandados de prisão temporária

João Ricardo Auler – presidente do Conselho de Administração da Camargo Correa

Mateus Coutinho de Sá Oliveira – funcionário da OAS

Alexandre Portela Barbosa – advogado da OAS

Ednaldo Alves da Silva – funcionário da UTC

Carlos Eduardo Strauch Albero – diretor técnico da Engevix

Newton Prado Júnior – diretor técnico da Engevix

Dalton dos Santos Avancini – presidente da Camargo Correa

Otto Garrido Sparenberg – diretor de Operações da IESA

Valdir Lima Carreiro – diretor-presidente da IESA

Jayme Alves de Oliveira Filho

Adarico Negromonte Filho

José Aldemário Pinheiro Filho – presidente da OAS

Ricardo Ribeiro Pessoa – responsável pela UTC Participações

Walmir Pinheiro Santana – responsável pela UTC Participações

Carlos Alberto da Costa Silva

Othon Zanoide de Moraes Filho – diretor-geral de Desenvolvimento Comercial da Vital Enenharia (Grupo Queiroz Galvão)

Ildefonso Colares Filho – diretor-presidente da Queiroz Galvão

Renato de Souza Duque – ex-diretor da Petrobras

Fernando Antonio Falcão Soares

Mandados de condução coercitiva

Edmundo Trujillo – diretor do Consórcio Nacional Camargo Correa

Pedro Morollo Júnior – funcionário da OAS

Fernando Augusto Stremel Andrade – funcionário da OAS

Ângelo Alves Mendes – funcionário da Mendes Júnior

Rogério Cunha de Oliveira – funcionário da Mendes Júnior

Flávio Sá Motta Pinheiro – diretor administrativo e financeiro da Mendes Júnior

Cristiano Kok – presidente da Engevix

Marice Correa de Lima – funcionária da OAS

Luiz Roberto Pereira

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