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Luciana Genro diz que debate foi o ‘sujo’ contra o ‘mal-lavado’

Luciana Genro comentou o debate da Band  | André Porto/Metro
Luciana Genro comentou o debate da Band | André Porto/Metro

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Para a candidata derrotada do PSOL no primeiro turno, Luciana Genro, o debate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na Band foi a “confirmação” do “sujo” contra o “mal lavado”. Após receber mais de 1,6 milhão de votos, ela decidiu ficar neutra na disputa do segundo turno.

“Assim como falei na campanha, o debate de ontem novamente foi o confronto do sujo falando do mal lavado”, afirmou em entrevista ao Portal da Band por telefone. “Isso foi evidente quando eles falaram de corrupção. Faltou, na verdade, uma esquerda coerente neste debate”.

Luciana afirmou que Aécio não poderia fazer críticas à Dilma sobre os escândalos na Petrobras. “Ele fica desmoralizado pelo comportamento do PSDB em todos os aspectos. Ele faz críticas, mas não tem autoridade para isso, pois as táticas do PSDB são iguais ou piores do que as do PT”.

Para a ex-candidata, o fato de Aécio ter conquistado a maioria dos apoios no segundo turno “mostrou que eram poucos os candidatos de esquerda”. “Foi uma confirmação de tudo o que eu disse”, declarou. “A Marina Silva era a segunda via do PSDB e confirmou o apoio dela, assim como o Eduardo Jorge (PV), que fazia o jogo de direita. O fato de o PSOL não ter se alinhado com Dilma ou Aécio confirma que nós não estávamos para barganhar cargos”.

Bancada do PSOL
O PSOL elegeu cinco deputados federais neste ano. Luciana Genro destacou que o partido conseguiu transmitir sua mensagem e que cresceu nas eleições. “A esquerda coerente saiu mais forte. O ambiente eleitoral é adverso para quem não recebe financiamento de bancos e empreiteiras. Acho que essa votação foi importante e que o PSOL tem condições de liderar essa construção da esquerda coerente”.

Luciana também comentou o fato de os resultados nas urnas terem mantido a polarização entre PT e PSDB, apesar das manifestações em junho de 2013. “Depende da sociedade em organizar essa indignação para conseguir a reforma política. Se depender apenas da vontade do parlamentar, isso não acontecerá”.

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