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Novo exame descarta ebola em africano internado no Rio, afirma Ministério da Saúde

Africano está isolado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas | Mauro dos Santos
Africano está isolado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas | Mauro dos Santos

Deu negativo o resultado do segundo teste feito com o africano internado com suspeita de ebola no Rio de Janeiro. O sangue do guineano Souleymane Bah, de 47 anos, havia sido coletado no domingo e enviado ao Instituto Evandro Chagas, no Pará.

O novo teste, realizado nesta segunda-feira, é uma contraprova ao primeiro resultado e faz parte do protocolo médico usado para casos desse tipo.

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Com o resultado, Bah deixou o isolamento no começo da noite, após o diagnóstico de ebola ser descartado definitivamente. As 68 pessoas que tiveram contato com ele também deixarão de ser monitoradas, segundo o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Para Chioro, os critérios para a alta do paciente serão analisados pela equipe médica do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio, onde está internado.

O ministro disse que as medidas de prevenção da doença permanecem iguais. “Todas as medidas de prevenção e de vigilância em relação ao ebola permanecem. Ao mesmo tempo que passamos tranquilidade à população, entendemos que se trata de uma enfermidade de risco pequeno, mas que não podem ser descartadas as medidas de prevenção”, avaliou o ministro.

O secretário de Vigilância Sanitária, Jarbas Barbosa, disse que ainda não é possível identificar qual doença o africano tinha. Os testes não foram feitos antes para minimizar riscos de contágio.

Enquanto Bah esteve em monitoramento, o Ministério da Saúde manteve o protocolo de prevenção do ebola, que prevê o acompanhamento de todas as pessoas que tiveram contato com o cidadão da Guiné, desde sua entrada no Brasil.

O homem chegou ao Brasil no dia 19 de setembro. Em Cascavel, o africano sentiu febre no dia 8 de outubro, e no dia seguinte procurou uma Unidade de Pronto-Atendimento. Ministério da Saúde foi acionado e o paciente transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, onde permanece em observação.

Foram feitos dois exames de sangue no paciente, um no dia em que o ministério foi avisado da suspeita e outro 48 horas depois. É o procedimento indicado pela Organização Mundial da Saúde para confirmação ou descarte de um caso da doença.

A Guiné é um dos países da África Ocidental onde há uma epidemia de ebola. No país, pelo menos 1.350 pessoas foram contaminadas e 778 morreram com a febre hemorrágica, desde o começo do ano.

arte Ebola

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