O juiz Sérgio Moro, da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba (PR), concedeu nesta terça-feira o benefício da prisão domiciliar ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, após ele ter cumprido um acordo de delação premiada e revelado nomes de autoridades que participaram de um esquema de desvio de recursos da estatal.
O benefício foi concedido após o acordo de delação ser homologado pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-diretor deixará a cela na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba, onde estava preso desde julho, e será levado para sua casa no Rio de Janeiro. O transporte será feito no avião da PF.
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Costa deverá usar uma tornozeleira eletrônica, cedida pelo governo do Paraná, para facilitar o monitoramento e ficará sob vigilância de agentes.
O ex-diretor revelou em sucessivos depoimentos que políticos dividiam percentuais sobre valores de contratos com Petrobras para a construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e da compra de Pasadena, nos Estados Unidos.
De acordo com o jornal “O Globo” em um dos interrogatórios, ele confessou ter recebido US$ 23 milhões de uma empreiteira no exterior. Costa também confessou ter recebido US$ 1,5 milhão de propina para não atrapalhar a compra da refinaria de Pasedena. Para deixar a prisão, o ex-diretor concordou em devolver os US$ 23 milhões, que estão bloqueados em 12 contas na Suíça.
O ex-diretor já tem novo depoimento marcado. Ele será ouvido por Moro em 8 de outubro. A CPI da Petrobras tentará o compartilhamento da delação e avalia chamá-lo a prestar novo depoimento, já que no mês passado ele optou pelo silêncio.