Desgastada no cenário nacional, a polarização entre PT e PSDB sofre processo semelhante no plano regional. Nomes das duas legendas que disputam governos estaduais aparecem atrás de adversários de legendas pequenas.
Em 2010, o PT saiu das urnas com cinco Estados (Acre, Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Sergipe). O tucanos levaram oito (Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, Roraima, Tocantins, Minas Gerais e São Paulo).
Se os números das recentes pesquisas eleitorais forem confirmados nas urnas, o PT deve se garantir somente no Acre, onde o governador Tião Viana deve ser reeleito, e tem chances no Rio Grande do Sul, Já o PSDB deve perder metade de seu quinhão.
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No caso do PT, nem mesmo o uso da máquina pública garantirá a reeleição no Distrito Federal.
A situação no DF pode ser considerada vexatória porque o atual governador, Agnelo Queiroz (PT), aparece 15 pontos percentuais atrás do ex-governador José Roberto Arruda (PR).
O brasiliense prefere o candidato condenado em segunda instância por improbidade administrativa, e que ainda corre o risco de ter a candidatura barrada, ao atual governador.
No Rio Grande do Sul. Tarso Genro (PT) vê sua reeleição ameaçada por Ana Amélia Lemos (PP), que tem o apoio do PMDB, aliado do PT no cenário nacional.
No Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país, PT e PSDB assistem à disputa entre Anthony Garotinho (PR) e Luiz Fernando Pezão (PMDB), que aparecem empatados tecnicamente.
Os petistas desidrataram a campanha do senador Lindberg Farias (PT), para garantir espaço para Dilma no palanque de Garotinho. Com o aval do ex-presidente Lula, a estratégia foi definida após o PMDB fluminense fechar com o tucano Aécio Neves.
As duas legendas também são simples espectadoras na disputa pelo governo de Pernambuco. No Estado, a estratégia petista pode se transformar em um tiro no pé. A executiva nacional do partido, com aval de Lula, decidiu abandonar a disputa para apoiar o petebista Armando Monteiro Neto. A vitória de Monteiro frente a Paulo Câmara (PSB) – nome escolhido pelo ex-governador Eduardo Campos– era dada como certa. Mas a morte do socialista alavancou Câmara, que passou de 13% para 36% em 20 dias.
No Ceará, Estado onde os tucanos tiveram um período de hegemonia com Tasso Jereissati, o PSDB só acompanha a disputa entre o PT e o ex-aliado do Planalto, senador Eunício Oliveira (PMDB). O senador agora flerta com os tucanos para garantir a vitória sobre Camilo Santana (PT), no segundo turno.
MG e SP
Segundo as pesquisas mais recentes, petistas e tucanos devem conquistar apenas dois dos Estados mais importantes do país: Minas Gerais e São Paulo. No primeiro caso, a disputa entre Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB) está apertada, e deve ir para o segundo turno.
Em São Paulo, Geraldo Alckmin deve dar aos tucanos sua única vitória expressiva nas eleições deste ano.
Em SP, Alckmin cai, mas ainda venceria no 1o turno
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) seria reeleito no primeiro turno, caso as eleições fossem realizadas hoje. Segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem, o candidato tucano seria reeleito com 53% dos votos.
Quando comparado com o levantamento divulgado na primeira quinzena de agosto, antes do início do horário eleitoral, Alckmin caiu dois pontos percentuais.
O segundo colocado nas pesquisas, Paulo Skaf (PMDB), subiu 6 pontos percentuais desde a pesquisa de agosto, passando de 16% para 22%. Em seguida aparece o candidato petista, Alexandre Padilha, que subiu de 5% para 7%.
Gilberto Natalini (PV), Raimundo Sena (PCO) e Laércio Benko (PHS) têm 1% das intenções de voto cada.
Votos nulos e em branco totalizam 8%, abaixo dos 12% registrados no levantamento anterior. A pesquisa foi realizada entre terça e quarta-feira, com 2.054 eleitores em 56 municípios.
A vantagem de Alckmin sobre Skaf continua maior entre os mais velhos (61% a 14%) e entre os menos escolarizados (57% a 15%). O governador também tem ampla vantagem no interior (58% a 20%).
O peemedebista diminui a vantagem para o atual governador entre os mais jovens (48% a 27%), entre os eleitores de 25 a 34 anos (49% a 26%), entre os que têm curso superior (47% a 28%), entre os mais ricos (46% a 31%) e entre os eleitores da capital (42% a 24%).
Senado
A disputa para a vaga de senador no Estado continua tecnicamente empatada entre o candidato do PSDB, José Serra (35%), e o do PT, Eduardo Suplicy (32%).
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que disputa a vaga pelo PSD, tem 8% das intenções.