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Criar mais leitos e aliviar lotação hospitalar são desafios de candidatos

Pacientes são acomodados em macas no corredor do Hospital Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha do Campo Limpo, em São Paulo (SP) | Robson Ventura/Folhapress
Pacientes são acomodados em macas no corredor do Hospital Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha do Campo Limpo, em São Paulo (SP) | Robson Ventura/Folhapress

Hospitais lotados e falta de leitos fazem parte da realidade de quem precisa do serviço público em São Paulo. Segundo pesquisa, 30% esperam mais de seis meses para marcar uma consulta no SUS. Terceira reportagem da série especial do Metro Jornal apresenta as propostas dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto.

Pesquisa Datafolha realizada no início de agosto mostra que a saúde é a área mais relevante para 52% dos paulistas. O levantamento revela, ainda, que a avaliação dos serviços não é boa. Em uma escala de 0 a 10, 51% dão notas de 0 a 4 para o SUS. A área de saúde é a terceira abordada na série do Metro Jornal, que traz as propostas dos três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas.

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A espera para agendar consultas ou procedimentos  é o principal gargalo do sistema. De cada 10 paulistas que usam o SUS, 3 aguardam há mais de seis meses por consultas, exames e cirurgias. Desses 30%, metade afirma estar na fila há mais de um ano. Para 62%, é difícil ou muito difícil conseguir realizar uma cirurgia.

Sobre a qualidade dos serviços, 42% das pessoas que procuraram o SUS avaliaram o atendimento como regular. Para 24%, ele é ruim ou péssimo.

A maioria dos paulistas (80%) acredita que o SUS não tem recursos para atender bem a todos. De acordo com a Associação Paulista de Medicina, que encomendou a pesquisa, os entrevistados consideram os recursos mal administrados e afirmam que o sistema não consegue atender a todos com qualidade e igualdade de condições. O Datafolha ouviu 812 pessoas, entre os dias 3 a 10 de junho.

Resolver esses problemas será um dos maiores desafios que o vencedor das eleições para o governo do Estado de São Paulo enfrentará a partir de janeiro de 2015.

Clique nos bonequinhos e confira abaixo as principais propostas dos candidatos na área da Saúde.

PROPOSTAS-DOS-CANDIDATOS

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Gonzalo Vecina – Ex-secretário municipal de Saúde e Superintendente do Sírio Libanês

Saúde precisa de eficiência 

O primeiro passo para melhorar a política estadual para saúde é investir na gestão. Não tivemos nenhum tipo de renovação que permitisse aumentar a eficiência. O financiamento também é um problema que tem impacto, mas deve estar na agenda de todos, não só do Estado.

O modelo atual de assistência também não é o ideal. Hoje, ele atende ao paciente prontamente, sem retorno. Vivemos uma era de doenças crônicas, que não se tratam com consultas pontuais. É muito importante mudar isso.

Garantir o acesso à saúde também deve ser prioridade, e isso passa pela questão da regulação. Para isso, é preciso um sistema unificado com as esferas municipal, estadual e federal. Os múltiplos ofertantes hoje prejudicam. O SUS deve ser o único instrumento.

 

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