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Veja como foi o debate da Band entre os candidatos à Presidência

Candidatos à Presidência durante debate da Band | André Porto/Metro
Candidatos à Presidência durante debate da Band | André Porto/Metro

O intenso confronto entre os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto marcou o primeiro debate entre presidenciáveis da Band, nesta terça-feira. O encontro aconteceu horas depois da divulgação do levantamento feito pelo Ibope, que mostrou uma pequena queda de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) isolada em segundo, à frente de Aécio Neves (PSDB). Talvez por influência do resultado, a candidata do PSB foi atacada pelos dois rivais diretos.

 

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Pelas regras do debate, um mesmo candidato poderia responder até duas perguntas por bloco. Com isso, Dilma, Marina e Aécio foram os que mais falaram – e acabaram se enfrentando mais.

Marina Silva tentou reforçar o posicionamento como alternativa à polarização entre PT e PSDB e clamou que a maioria da população quer mudança. Mas foi constantemente questionada sobre uma suposta falta de clareza ao explicar como governaria sem apoio no Congresso.

Como era esperado, a presidente Dilma foi o maior alvo do debate, e citou os programas e feitos do governo para se defender. A candidata foi confrontada com assuntos espinhosos, como as denúncias de corrupção na Petrobras.

Aécio Neves manteve o tom crítico a Dilma, mas evitando atacar diretamente os anos Lula. Ainda assim, defendeu que o PT “surfou” na onda iniciada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso.

Pastor Everaldo, do PSC, reforçou o discurso em defesa do livre mercado, posicionando-se contra a legalização do aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Luciana Genro, do PSOL, que no início do debate clamou por mais oportunidades de falar, lembrou a forma como foi expulsa pelo PT e mirou principalmente em Marina Silva e Dilma.

Levy Fidelix (PRTB) e Eduardo Jorge proporcionaram os momentos de maior descontração do debate. Muito críticos aos governos (o passado e o atual), arrancaram gargalhadas dos presentes com ironias. No final de um dos discursos, Fidélix chegou a ser cumprimentado por Jorge.

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Veja como foi cada bloco:

Candidatos falam sobre segurança pública no 1º bloco

No primeiro bloco do debate da Band entre os candidatos à presidência da República, os candidatos responderam a uma pergunta única, extraída de sugestões dos leitores do Metro Jornal: “Segundo relatório da ONU são brasileiras 11 das 50 cidades mais violentas do Mundo. Qual sua proposta para diminuir a criminalidade e o poder das facções nos presídios?”. Cada candidato teve até um minuto e meio para responder. Veja abaixo:

Pastor Everaldo (PSC)

 

O candidato do PSC lembrou do irmão assassinado por uma bala perdida no Rio de Janeiro e disse que irá criar o Ministério da Segurança Pública, para «devolver a dignidade do profissional da segurança». Quer fazer uma força tarefa na segurança pública, para inverter «essa situação em que o cidadão de bem está preso dentro de casa enquanto o bandido está solto».

Luciana Genro (PSOL)

 

A candidata se apresentou como sucessora de Plinio de Arruda Sampaio. Quer uma esquerda coerente, lembrou sua expulsão do PT, por discordar do partirdo governar com Sarney, e seus ataques a funcionários públicos. Para ela, o Psol não concorda com política em benefício dos bancos e com a privataria tucana que fez aeroporto para a própria família.

Marina Silva (PSB)

 

Mesmo assumindo o lugar em momento de consternação pela morte de Eduardo Campos, a candidata quis passar a uma mensagem de esperança e reafirmar o desejo de mudança e de renovação da política. Pontuou que 25 mil pessoas são assassinadas por ano e que falta apoio para que a segurança pública tenha condições de trabalho.

Aécio Neves (PSDB)

 

O candidato disse que a segurança seja talvez a reclamação mais crescente e lembrou de seu governo em Minas Gerais por oito anos, onde implantou inovações que trouxeram números bons. Quer unificar polícias Civil e Militar. Quer uma reforma no código penal, para que sensação de impunidade seja minimizada, e quer uma articulação do poder central com os Estados. Também falou das fronteiras, que não têm segurança e investimentos prometidos.

Dilma Rousseff (PT)

 

A presidente lembrou que segurança pública é de competência dos Estados, mas disse acreditar em uma mudança para que a responsabilidade seja compartilhada entre estes e a União. Usou como exemplo o esquema de segurança usado na Copa, em que os centros foram integrados. Ainda pontuou que a política estratégica de fronteiras é coordenada para ter resultado efetivo na apreensão de drogas e armas.

 

Levy Fidelix (PRTB)

O candidato reclamou do baixo orçamento do Ministério da Justiça. Propõe a redução da maioridade penal para 16 anos e a privatização das prisões. Também falou do pouco investimentos na segurança das fronteiras.

 

Eduardo Jorge (PV)

O candidato disse que o Brasil perde um Vietnã por ano em assassinatos. Apoia a emenda da reforma da polícia, de unificação e profissionalização da categoria. No quesito segurança, o maior projeto do PV é o da legalização e regulação das drogas, porque «somente assim será possível acabar com o tráfico, esvaziar as penitenciárias e tratar as pessoas que precisam de ajuda».

Dilma, Aécio e Marina se confrontam no 2º bloco

No segundo bloco do debate da Band entre os presidenciáveis, cada candidato teve o direito de escolher um oponente para questionar. Cada candidato podia ser perguntado até duas vezes e, com isso, Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB) não foram questionados. Já os candidatos Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) foram alvo de críticas de todos.

Por ordem de sorteio, Marina Silva foi a primeira a perguntar. A candidata do PSB questionou a presidente Dilma sobre os pactos apresentados logo após as manifestações de julho de 2013, quando milhares de brasileiros foram às ruas lutar pelos seus direitos. Marina insistiu que os pactos não deram certo e Dilma aproveitou a oportunidade para apresentar os resultados, ao seu ver «positivo», de seu governo. A candidata da oposição alfinetou a presidente e disse que esse «Brasil colorido e quase cinematográfico não existe».

Dilma Rousseff (PT) x Aécio Neves (PSDB)

A presidente Dilma aproveitou a primeira oportunidade para disparar contra Aécio Neves e perguntou ao tucano se ele tinha outras «medidas impopulares» em mente além de reduzir o número de empregos no Brasil. A petista citou o governo de Fernando Henrique Cardoso, que entregou ao Lula um país com uma taxa de desemprego altíssima.

O candidato do PSDB se diz lisonjeado ao ser comparado ao FHC, mas disse que «quem só olha para o passado tem receito de debater o presente e tem medo de decidir o futuro».

Pastor Everaldo (PSC) x Dilma Rousseff (PT)

O candidato do PSC questionou a presidente Dilma sobre o «favorecimento da ditadura cubana», já que o governo atual investiu na modernização de porto cubano para ampliar trocas comerciais. Mais uma vez, a petista aproveitou a oportunidade para falar sobre suas realizações. O Pastor Everaldo criticou Dilma e afirmou que, se eleito, «o dinheiro, suor e sangue do brasileiro ficarão no Brasil».


Eduardo Jorge (PV) x Aécio Neves (PSDB)


Depois de um blábláblá sobre afinidades nos tempos que trabalharam juntos no Senado, o candidato do PV questionou Aécio Neves sobre aborto, um ponto de divergência entre os dois. O mineiro acredita que a legislação atual deve ser mantida, mas defendeu políticas preventivas mais firmes. Para Eduardo Jorge, «a legislação atual é cruel e coloca 800 mil mulheres a sua própria sorte». O candidato do PV ainda finalizou o debate dizendo que é uma «vergonha» apoiar essa lei.

Aécio Neves (PSDB) x Marina Silva (PSB)

Tema da campanha de Marina Silva, o conceito de «nova política» foi o tema da pergunta de Aécio Neves para a ex-senadora, que foi lançada ao centro do palco eleitoral com a súbita morte de Eduardo Campos . A candidata do PSB defende o fim da «velha polarização PT-PSDB» e diz querer governar com os melhores, não importando de que partido eles sejam. Marina citou os nomes de Pedro Simon (PMDB), Eduardo Suplicy (PT) e José Serra (PSDB). Aécio Neves criticou o conceito de Marina e falou que não há «nova política» e sim «boa política», que para o tucano, pressupõe coerência.


Levy Fidelix (PRTB) x Marina Silva (PSB)

O candidato do PRTB aproveitou a última oportunidade de «bombardear» os principais candidatos à presidência e perguntou a Marina Silva sobre a agropecuária, criticando a parceria da ex-senadora com Guilherme Leal (empresário da Natura) e Neca Setúbal (herdeira do Itaú).  A candidata do PSB falou que combater pessoas com rótulos é errado e que quer governar para todos, focando apenas nas ideias de cada um, e não no que eles têm.

Luciana Genro (PSOL) x Pastor Everaldo (PSC)

Última a perguntar, Luciana Genro reclamou de não ter tido oportunidade de responder a nenhuma pergunta. Depois, se dirigiu ao candidato do PSC apenas por Everaldo, porque acha «impróprio misturar política e religião», e perguntou ao oponente sobre o atraso das cartilhas contra a homofobia nas escolas.

O candidato do PSC disse que não se envergonha de ser chamado de Pastor, «uma vocação dada por Deus». Falou também que não existe povo mais tolerante que o cristão e que, se eleito, vai pregar a capacitação e valorização dos professores e vai reajustar o salários dos educadores.

Luciana Genro aproveitou o espaço da réplica criticar o governo Dilma.

Candidatos falam sobre inflação e contas públicas

Após questionamentos diretos entre os candidatos, o terceiro bloco do debate presidencial da Band, realizado na noite desta terça-feira (26), começou com perguntas dos jornalistas aos políticos.

A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff foi a primeira a ser questionada, na rodada em que os jornalistas do Grupo Bandeirantes conduziram os assuntos. Veja como foi:.

Boris Casoy perguntou para Dilma Rousseff (PT), com comentário de Aécio Neves (PSDB): «A economia vive momento preocupante, com crescimento baixíssimo e inflação alta. Se reeleita a senhora manterá ou mudará a política econômica?»

Dilma começou dizendo que o “Brasil enfrenta uma das mais graves crises internacionais”, mas que o PT recusou “as velhas receitas, de botar a conta para o trabalhador pagar, com arrocho de salários e aumento de tarifas”.  A presidente afirmou que manteve empregos e manteve a inflação sob controle, no limite da meta. “Digo que criamos condições para um novo ciclo de crescimento”.  Também ressaltou investimentos em infraestrutura e educação, com o Prouni, Fies e o Ciências sem fronteiras.

Aécio Neves, por sua vez, disse que era uma “oportunidade de confrontar o país virtual com real” e ironizou a visão da presidente: “o que se diz no Brasil é que o sonho é morar na propaganda do PT”. Perguntou ainda se a “dona de casa vai à feira e compra hoje, com o mesmo dinheiro, o que comprava a seis meses atrás.  O tucano convidou as pessoas a votarem em Dilma caso a resposta fosse positiva, mas a mudarem de candidata se ela fosse negativa.

Dilma aproveitou o gancho e perguntou para a mesma dona de casa se atualmente existem mais empregos, comida na mesa do trabalhador e moradia. “Pode ou não haver uma comparação com 12 anos atrás?”, desafiou a petista.

José Paulo de Andrade perguntou para Marina Silva (PSB), com comentários de Dilma Rousseff (PT): o jornalista lembrou a crítica de Marina aos ‘gerentes’ e ao funcionalismo público. “Se eleita vai manter os 40 ministérios? Como administrar sem ser gerente?”

“O Brasil precisa de visão estratégica. Não precisa ter gerente. Lula teve a visão estratégica de reduzir miséria, Fernando Henrique Cardoso apostou em estabilidade econômica”, começou Marina, elogiando os presidentes antecessores, antes de criticar o estado atual do país.

“Presidente não pode liderar só discursando. No presidencialismo, ao contrário do parlamentarismo, presidente tem que agir”, rebateu Dilma, citando o que fez para controlar os problemas nos seu governo.

Fábio Pannunzio  perguntou a Aécio Neves (PSDB), com comentários de Marina Silva (PSB): «Uma das piores pragas é política do apadrinhamento. Na gestão de vocês, quantos cargos serão de livre nomeação? O que vão fazer com os 20 mil funcionários públicos que trabalham sem concurso?”

Aécio  Neves citou a inciativa, instalada por ele em Minas Gerias, que fiscaliza produtividade dos servidores públicos e disse que extinguiu 3 mil cargos comissionados “no primeiro dia de seu governo.” O tucano ressaltou que priorizou a educação no estado e chegou ao final do mandato com “a melhor educação fundamental do país, mesmo sem ser o estaod mais rico”. “Acredito que a gestão pública não precisa ser ineficiente por ser pública, desde que você tenha as pessoas certas”.

Marina disse que a eficiência do estado é medida pela valorização dos servidores e que fez isso como Ministra do Meio Ambiente, antes de atacar o rival. “Aécio criticou o programa cinematográfico de Dilma, mas trouxe a cena a Minas Gerais, sem incluir o Vale do Jequitinhonha.” A candidata disse que MG “vive penúrias” porque não valorizou educação justamente nas áreas mais carentes.

Aécio  rebateu e disse que a educação avançou mais justamente nas regiões mais pobres, “onde mais professores receberam 14º salário por produtividade”.

Boris Casoy perguntou para o Pastor Everaldo (PSC), com comentário de Marina Silva (PSB): “Se eleito, vai propor o fim ou vai manter o fator previdenciário?”

O Pastor Everaldo afirmou que fará a reforma na previdenciária para recuperar a aposentadoria de quem mais precisa, mas que é um estudo a longo prazo, impossível de ser feito em um ano. “Conheço situação a previdência. É um desastre para o aposentado brasileiro”.

Marina, por sua vez, disse que se mede “a responsabilidade do país com o povo na forma que cuidamos de crianças e idosos”, citando que jovens não têm a educação que merecem e idosos têm aposentadoria corroída. “Estamos comprometidos em fazer correção”, garantiu.

José Paulo de Andrade perguntou para Luciana Genro (PSOL),  com comentário de Dilma Rousseff: o jornalista citou a questão indígena e os produtores que são afetados pelos conflitos. “Somos ou não iguais em direitos? Qual seria a sua política indigenista?”

Luciana Genro disse que faria a “demarcação imediata de terras indígenas”, com a reforma agrária, e criticou a detenção de “muitas terras nas mãos de poucos”. Ela destacou que a reforma seria boa para baixar inflação e atacou  a preocupação da presidente em amentar os juros. “Os bancos estão aumentando seus lucros por causa da política de Dilma.”

Dilma destacou que existem 462 terras indígenas, com 2,2% do território demarcado. Ela justificou os conflitos dizendo que, nessas regiões, existem índios convivendo com pequenos e médios agricultores. “Tem de se preservar interesses de todas as partes”, afirmou. Quanto aos juros, a presidente disse que o Brasil “tem a menor taxa da história”.

Fábio Pannunzio perguntou a Eduardo Jorge (PV) com comentário de Aécio Neves (PSDB): o jornalista citou o “mensalão” em vários partidos. “Na campanha (eleitoral) os senhores têm responsabilidade com as contas ou se der algum problema vão jogar para outra pessoas, como o tesoureiro?” 

Eduardo Jorge afirmou que é totalmente responsável pelas contas e que mandou uma carta ao secretário de campanha não receberia dinheiro de pessoas jurídicas, só de físicas, de nomes registrados, com transparência. “Já falei para o PV que quero gastar o menos possível”. O candidato ainda defendeu o parlamentarismo, o voto distrital misto e o voto facultativo.

Aécio Neves, por sua vez disse que todas as suas campanhas foram aprovadas pelo Tribunal Estadual de MG e também defendeu o voto distrital misto, além de propor o fim da reeleição e instaurar um mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos.

“Aécio esqueceu um dos motivos principais para o qual seu partido foi fundado: o parlamentarismo”, cobrou Eduardo Jorge, em tom de brincadeira. “Não deu tempo”, respondeu Aécio.

Boris Casoy perguntou a Levy Fidelix, com comentários de Eduardo Jorge: “Se for eleito, vai manter o Banco Central independente ou como está agora, semi-independente?”

Fidelix disse que o “grande problema é com a questão bancário- financeira” e que quer do poder “tirar o banco que domina tudo”, citando que a dívida de R$ 2,3 trilhões do país. Ele lembrou que a dívida deixada por Fernando Henrique Cardoso deixou uma dívida interna de R$ 600 bilhõs, que foi elevada até o patamar de hoje pelo PT. “O Brasil está falido, quebrado e ninguém diz isso aqui”, pontou.

“Nem inflação esse banco independente controla”, disse Eduardo Jorge, que atacou a politica financeira atual, que “é para garantir” a rentabilidade dos bancos. Ele também criticou a alta dos juros, que segundo ele só interessa às instituições financeiras privadas.

“Juro alto não controla inflação em nehum lugar do mundo, temos que produzir mais” concordou Fidelix. “É ultrapassado. Subir a Selic é crime contra o país. Cada ponto a mais se perdem R$ 25 bilhões. É um Bolsa família por ano”.

Quarto bloco apresenta temas como privatizações

No quarto bloco do debate da Band para os candidatos à presidência da República, os presidenciáveis voltaram a fazer confrontos diretamente um para o outro. Entre os temas abordados apareceram como temas o transporte público, as privatizações e a questão elétrica do Brasil.

Levy Fidelix x Aécio Neves

Levy considera a mobilidade urbana como crucial e lembrou que no ano passado, por R$ 0,20  vimos o povo se rebelar. Para ele, sucatearam a nossa indústria ferroviária. Ele questionou sobre o programa para o transporte sobre trilhos, que no passado já foi um dos princpais meios de locomoção no país.

Para Aécio, o atual governo demonizou as parcerias com empresas privadas e que por isso perdeu um tempo muito valioso. Ele busca parcerias com setor privado, mas com regras claras, e definir marcos regulatórios do marco ferroviário e investimentos em mobilidade atendam ao conjunto dos estados. Disse que não haverá espaço para o trem bala, porque com o gasto dele daria para resolver o transporte de massas em muitas capitais.

 

 

Aécio Neves x Dilma Rousseff

Aécio considera que Dilma conduziu com mão de ferro a Petrobras e que nos últimos sete anos a empresa perdeu metade do valor de mercado e habita hoje mais as paginas policiais. Ele questionou se Dilma não pediria desculpas por isso.

Dilma diz que Aécio desconhece a Petrobras. Que ela na verdade cresceu muitos bilhões de dólares. Lembra ainda que descobriu e começou a exploração do pré-sal, que a oposição tratava como invenção. A presidente ainda disse que a empresa está preparada para ser um grande exportador.

Eduardo Jorge x Marina Silva

Eduardo Jorge pergunta para Marina sobre a Reforma Tributária e o imposto único, para acabar com esse “labirinto de impostos em que o brasileiro vive”.
Marina Silva disse que as reformas, tributárias e política, são muito importantes. A candidata disse que é transparência, para o povo saber de onde vem os recursos e poder cobrar em bens e serviços. Ainda disse que seu compromisso é passar o Brasil a limpo e falou que os graves problemas do Brasil são por conta do atraso na política atual. Ela também defendeu os juros baixos e o controle da inflação.

 

Luciana Genro x Marina Silva

Luciana questionou o fato de seus economistas serem conhecidos por terem vinculo com PSDB. Ela pergunta se essa é a vontade de Marina, continuar a política do PSDB. Para Luciana, é preciso enfrentar o capital financeiro, senão tudo será apenas uma continuação.

Marina diz que não pretende acabar com as conquistas, apenas porque elas foram feitas por outros partidos. Ela diz que não vê problema em reconhecer as boas políticas sociais do governo Lula. Por isso, diz que seu governo vai procurar trabalhar com todos que possam contrinuir para que o Brasil seja socialmente justo e ambientalmente sustentável. Marina também criticou o que chamou de “velha esquerda”, que acha que vai começar tudo do zero.

 

Dilma Rousseff x Pastor Everaldo

A atual presidente questionou o programa de energia que ele possui para o Brasil, já que ela será de grande importância para garantir o crescimento do país. Ela disse que é preciso planejamento para isso e que está se preparando para que o Brasil tenha a segunda maior participação de energia eólica do mundo.

Para o pastor, a principal energia do Brasil são as hidrelétricas e que o país tem condições de produzir muita energia, mas para isso afirma que vai privatizar todo o mercado para deixar que o Estado tome conta apenas do que é de interesse direto para o cidadão, como segurança pública e saúde.

 

Pastor Everaldo x Dilma Rousseff

Everaldo questiona a carga tributária do Brasil, que segundo ele é a quinta maior do mundo, mas os serviços são piores do que de países de terceiro mundo. Ele pergunta sobre a refirma tributária e diz que vai fazer uma grande reforma, aumentando as participações dos munícipios e isentar do imposto de renda todo trabalhador que ganha até R$ 5 mil..

Dilma lembrou a série de desonerações que fez, como na cesta básica e na folha de pagamento das empresa, diminuindo a quantidade de impostos das empresa sobre o trabalhador, incentivando a contratação. Diz tamém que reduziu a tributação do microempreendedor. Disse ser fundamental a reforma tributaria, mas que isso depende do parlamento e para isso tem que ter a maioria para que o projeto não seja impedido como tem sido

 

Marina Silva x Pastor Everaldo

Marina questionou a defesa do Estado Minínmo do Pastor e gostaria de saber o que é papel do Estado para ele. Marina diz que defende o Estado Mobilizador, capaz de articular todos os setores da sociedade.

Everaldo defende um enxugamento da máquina do governo. Diz que vai reduzir os ministérios para 20 e passar empresas para a iniciativa privada para trazer os recursos para o Estado ser focado no cidadão e na família brasileira. Para ele, o Estado põe a mão onde não entende, atrapalhando o empreendedor e quer inverter isso. Para el, o Estado tem que cuidar da saúde, educação e segurança publica. Termina dizendo que sempre foi a favor do livre mercado.

Considerações finais dos presidenciáveis

No encerramento do primeiro debate presidencial de 2014, realizado na noite desta segunda-feira (26) pela Band, cada candidato teve um minuto e meio para fazer as considerações finais sobre suas propostas de governo.

 

José Paulo de Andrade pergunta a Aécio Neves (PSDB) sobre reforma política, com comentários de Dilma Rousseff (PT)

A primeira pergunta do bloco começou com uma disputa entre os candidatos do PSDB e PT. Aécio criticou a forma como a atual presidente está conduzindo o projeto da reforma política, que não deixa claro como funcionarão os conselhos populares. O tucano chegou a chamar de «bolivariano» o plebiscito proposto pela base do governo. Dilma aproveitou seu tempo para alfinetar o PSDB que, segundo ela, «sempre teve receito do diálogo e da participação popular».

Boris Casoy pergunta a Marina Silva (PSB) sobre o radicalismo ambientalista, com comentários de Aécio Neves (PSDB)

Marina Silva relembrou sua gestão como ministra do Meio Ambiente do governo Lula, quando, segunda ela, viabilizou «as licenças ambientais mais difíceis desse país». A candidata do PSB defende um desenvolvimento econômico sustentável, usando cada vez menos recursos naturais para produzir cada vez mais. Marina Silva aproveitou para alfinetar os governos do PT e PSDB: «cada um tem um apagão para chamar de seu». Assim como Marina, Aécio Neves prometeu explorar outras fontes de energia (eólica, solar e biomassa).

Fabio Pannunzio pergunta a Dilma Rousseff (PT) sobre o programa Mais Médicos, com comentários da Marina Silva (PSB) 

A presidente Dilma aproveitou a oportunidade para, mais uma vez nesse debate, falar sobre os resultados do Mais Médicos e os investimentos que seu governo fez para a saúde. Se eleita, Marina Silva disse que manteria o programa, apesar de dizer que é apenas uma medida «paliativa». Para finalizar a discussão, a candidata do PT rebate Marina e diz que «para quem está doente, a saúde não é paliativa».

José Paulo de Andrade pergunta para Pastor Everaldo (PSC) sobre Poupança Jovem (programa social da campanha tucana), com comentários de Aécio Neves (PSDB)

Apesar de a pergunta ser direcionada realmente a Aécio Neves, o candidato do PSC aproveitou a oportunidade para falar sobre o Cheque Cidadão, que foi adotado no Rio de Janeiro em 1999. Segundo Pastor Everaldo, este foi o primeiro «Bolsa Família» do Brasil. E ainda prometeu: “jamais um brasileiro, no meu governo, ficará com fome”.

Para Aécio Neves, «programas de transferência de renda já fazem parte da paisagem econômica e social dos brasileiros e serão mantidos». O candidato tucano ainda prometeu expandir para todo o Brasil o programa «Poupança Jovem», que prevê o pagamento de um salário mínimo mensal para que jovens de 18 a 29 anos voltem às escolas para completar os ensinos fundamental e médio.

Na tréplica, o Pastor Everaldo prometeu a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês.

Boris Casoy pergunta a Eduardo Jorge (PV) sobre controle social da mídia, com comentários de Dilma Rousseff (PT)

Eduardo Jorge protagonizou um dos momentos mais engraçados do debate. Quando questionado sobre a censura aos meios de comunicação, o candidato do PV desperdiçou seu tempo, falou apenas “concordo com a presidente Dilma” e arrancou risos da plateia.

A petista defendeu a liberdade de imprensa – «um valor básico da democracia», mas com uma regulamentação econômica, para evitar o monopólio.  Na tréplica, Eduardo Jorge decidiu falar, mas insistiu em ignorar a pergunta. O candidato do PV aproveitou seu tempo para criticar a reforma política de Dilma.

Fabio Pannunzio pergunta a Luciana Genro (PSOL) sobre ensino do criacionismo, com comentários de Marina Silva (PSB)

Luciana Genro, que reclamou das poucas oportunidades que teve para falar, aproveitou o tempo que teve para discursar sobre o que estava afim. Em resposta a Pannunzio, falou que acha um “absurdo” o ensino do criacionismo nas escolas e depois falou sobre a descriminalização da maconha. “Não é apologia às drogas, é importante discutir, quebrar tabus”. Para finalizar, a candidata do PSOL ainda falou sobre a liberação do aborto.

Marina Silva volta ao assunto da pergunta e fala sobre a Lei de Diretrizes e Bases da educação e defende a não obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas. «Tive 16 anos de atividade parlamentar e ninguém me viu apresentar nenhum projeto de lei defendendo a religião; respeito o Estado laico».

José Paulo de Andrade pergunta para Levy Fidelix (PRTB) sobre os protestos, com comentários de Luciana Genro (PSOL)

O candidato do PRTB defendeu uma polícia melhor remunerada, a redução da maioridade penal e a privatização das penitenciárias para conter a onda de violência no país. Luciana Genro defendeu as manifestações populares, reflexos «de uma juventude que não teve suas demandas atendidas» e se posicionou contrária a redução da maioridade penal.

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