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PF e Polícia Civil apuram suposta fraude na venda de avião de Campos

Com a queda, avião ficou totalmente destruído | Fred Casagrande/Metro Santos
Com a queda, avião ficou totalmente destruído | Fred Casagrande/Metro Santos

A Polícia Federal e a Polícia Civil apuram a suspeita de fraude na venda do avião Cessna que caiu em Santos (SP), resultando na morte do candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) e mais seis pessoas.

O avião pertencia ao grupo Andrade, dono de usinas de açúcar na região de Ribeirão Preto, que está em recuperação judicial, e só poderia ser vendido com autorização judicial, o que não ocorreu. A dívida do grupo é de R$ 300 milhões.

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De acordo com documento do grupo Andrade enviado à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e divulgado pelo jornal “Folha de S. Paulo”, o avião foi vendido por US$ 9,5 milhões a João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira. Mello Filho é usineiro e era amigo de Campos.

Se ficar caracterizado que o avião ainda é do grupo Andrade, como está no registro da Anac, o grupo – segundo a polícia – não teria recursos para saldar os cerca de R$ 9 milhões de prejuízo nos imóveis, provocado pela queda da aeronave.

Os policiais também vão investigar o motivo dos compradores não passaram a aeronave para os seus nomes. Nos registros da Anac, o Cessna permanece em nome do grupo Andrade. Uma das hipóteses dos policiais é de que isso foi feito para burlar os credores. Ainda segundo a polícia o grupo simularia ter a posse da aeronave para não repassar o que recebeu pela venda do avião, já que todo o valor arrecadado seria usado para pagar dívidas. 

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