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Aécio Neves diz que governo Dilma falhou em vários setores

Aécio Neves durante sabatina na CNI | Reprodução/CNI
Aécio Neves durante sabatina na CNI | Reprodução/CNI

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O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira durante sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que o governo Dilma Rousseff falhou em vários setores, principalmente na economia.

“O atual governo falhou na condução da economia e entregará a pior equação fiscal das últimas décadas. Falhou na gestão do Estado, que virou um cemitério de obras, e falhou também na condição da melhoria dos nossos indicadores sociais”, afirmou.

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Para o tucano, a retomada da economia é o principal fator que o Brasil precisa. “Ao longo dos últimos anos, tivemos a contabilidade criativa. Esses truques minaram a garantia de crescimento, que é a credibilidade. Esta é a palavra que falta ao Brasil”.

Aécio ainda afirmou que Dilma tomou atitudes erradas na gestão das parcerias. “O governo demonizou parcerias com o setor privado. Eu aprendi desde cedo que o arquivo mais precioso da política é o tempo. E esse tempo que perdemos não volta. O aprendizado do PT no governo vem custando muito caro ao Brasil.”

Carga tributária é nociva para competitividade

O candidato à presidência da República, Aécio Neves (PSDB) disse nesta quarta-feira a empresários que é preciso recuperar a credibilidade do país e retomar o crescimento da economia. O candidato, que ocupa o segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, criticou o atual governo de não se preocupar com a carga tributária cobrada do setor privado que, segundo ele, “é um dos problemas mais nocivos para a competitividade”.

“Viemos, ao longo dos últimos anos, aprendendo, infelizmente, a conviver com o que poderíamos chamar de truques contábeis que minou o que é fundamental para o crescimento do país que é a credibilidade. Essa é uma palavra hoje em falta no Brasil. Se tivermos um ambiente externo que ajudou por alguns anos, tivemos atitude interna que nos levaram a um crescimento da inflação que já estoura o teto da meta. Para a economia, a previsibilidade é fundamental”, criticou.

O candidato tucano reconheceu que algumas estratégias adotadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudaram a alavancar a economia, mas atribuiu parte dos resultados à herança da gestão de Fernando Henrique Cardoso e também ao cenário internacional, diante da crise que afetou várias economias, que contribuiu para o crescimento do Brasil. Segundo ele, o país está passando por um processo de desindustrialização que não é “normal”.

“Todos sabemos e acompanhamos as consequências da crise internacional, mas os resultados pífios da economia brasileira são obras de brasileiros, consequência de decisões erradas que o atual governo fez. Teremos o pior crescimento da América do Sul e o segundo pior da América Latina. Vamos crescer quase 2,5% a menos que o que crescerá a América Latina”, disse.

Ao criticar a falta de investimento em infraestrutura, Aécio também fez críticas às atuais políticas de saúde, educação e segurança pública. “Há uma omissão criminosa na condução da Política Nacional de Segurança Pública. O controle de drogas e tráfico de armas são [responsabilidades] da União que vem atuando de forma inexpressiva”, disse, ao se referir tanto às medidas quanto ao orçamento destinado para o setor.

Na abertura da sabatina, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ex-governador de Minas Gerais garantiu que muitas demandas do setor privado estão contempladas nas diretrizes de sua candidatura. A CNI apresentou 42 propostas aos presidenciáveis sobre dez áreas prioritárias para o setor para garantir a competitividade à indústria brasileira, como a redução do Custo Brasil e o aperfeiçoamento da política de concessões em infraestrutura.

“Não sou o candidato apenas de um partido, ou de uma coligação, sou candidato do sentimento profundo de mudança que hoje permeia toda a sociedade brasileira. Não tenho dúvidas em relação à dimensão dos desafios que teremos à frente. Me preparei e me reuni ao longo dos últimos anos com as mais importantes lideranças da vida nacional, da economia, da indústria, agentes públicos, e da sociedade civil para governar o Brasil inaugurando um novo tempo”.

Aécio planeja investir 24% do PIB até 2018

O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira a empresários do setor industrial que, caso eleito, pretende elevar, até 2018, a taxa de investimento do país em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), dos atuais 18% para 24%, conforme o candidato. O tucano disse ainda que terá “como obsessão” a recuperação da competitividade da economia e irá propor mudanças na relação com o Mercosul para facilitar a negociação de acordos brasileiros com a União Europeia e outros países.

Durante sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com os três presidenciáveis melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto, Aécio Neves prometeu reduzir e simplificar a carga tributária, “isonomia “no tratamento dos vários setores da economia, além de medidas para criação de um ambiente de negócio “seguro” e “claro”.

“Quero estabelecer aqui o desafio para o próximo governo para que possamos, ao final do ano de 2018, saltar do patamar que estamos amarrados hoje de 18% do PIB, para alavancar 24% do PIB de investimentos, com o setor privado e a criação de um ambiente favorável de negócios”, disse.

Segundo ele, a meta será fiscalizada por uma comissão formada por representantes do setor industrial, da iniciativa privada e do governo.

Para Aécio Neves, o Brasil perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas para a economia, e o pessimismo em relação ao Brasil tem crescido nos últimos meses. Por isso, o futuro presidente precisa trabalhar na recuperação da confiança dos mercados e dos investidores.

“Isso passa por uma nova forma de governança. Não esperem que o nosso governo tenha um Plano A, plano mais isso ou maior. Mas [esperem] regras mais claras e um ambiente seguro, regulação clara dos mercado e, sobretudo, ação do governo que também aumente a produtividade e a qualidade dos serviços”.

O tucano criticou o atual modelo de negociação imposto pelo Mercosul e prometeu trabalhar para mudar regras do bloco. “O Mercosul vem nos amarando. Não é um desprezo, mas uma transição, uma transformação em região aduaneira para que possamos formatar acordos com outras regiões do mundo”, frisou, um dia após reunião de cúpula do bloco, em Caracas.
Debates

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